17.09.19
O debate que se aguardava...
Quem ganhou?
A questão que todos tentam responder...
Na minha opinião, ninguém!
Este foi o debate que mais me interessava, talvez buscando a minha desesperançada esperança numa alternativa de Direita que tarda em chegar.
Rui Rio esteve francamente bem, muito melhor do que as expectativas nele depositadas, mostrando uma leveza argumentativa entrelaçada com as ideias que, há muito, pareciam escassear.
Entre estes dois oponentes ressalta o respeito espelhado em seus rostos, a ligação construída em uma década de gestão autárquica, Lisboa e Porto, num jogo espartilhado entre a opinião pública e o aparelho partidário.
Sinceramente Rui Rio foi muito melhor do que se antecipava, sabendo jogar com o tempo e a forma, os temas e a honestidade, para discordar e concordar, honestidade que tantas vezes é confundida com fraqueza...
Costa refastelado na sua poltrona, mexeu-se pouco, agitou o quanto baste e fingiu-se de morto, vezes sem conta, preferindo perder do que esventrar, criar feridas inabaláveis num eleitorado volátil que pondera lhe presentear com o voto.
Gostei de Rui Rio, mais do que de António Costa, sendo que se torna evidente, como se esperaria, que será impossível encurtar a diferença entre os dois Partidos na “pole” eleitoral.
Lastimo que este Rui Rio tenha andado perdido nestes anos de oposição, submerso em equívocos e tricas...
Neste debate, bailado entre iguais, Rio dançou em “paso doble”, valsa e salsa, sem desacertos ou inseguranças, sobrando a certeza de que será Costa a ficar com o papel.
No entanto, fica a compensação para o Presidente do PSD de um desempenho assertivo e capaz, assim como, uma pena de a sua oposição não ter sido feita em debates...
Esse bailado maior, num palco preparado para grandes momentos.
Filipe Vaz Correia