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Caneca de Letras

20.10.17

 

O Governo Espanhol e o PSOE acordaram esta manhã, segundo avança a TVE, a marcação de eleições Regionais na Catalunha, para Janeiro de 2018.
Num momento em que a ameaça de suspensão da Autonomia Catalã , continua a perseguir a Generalitat, este passo pode, verdadeiramente, contribuir para a clarificação de todo um processo complicado e mal conduzido.

Talvez este devesse ter sido o primeiro passo a ser dado pelo Governo de Madrid, no entanto, agora saberemos de forma legal e constitucional, quem quer a independência e quem a não quer...

Porque nestas eleições, apenas duas escolhas poderão ser feitas, duas leituras, para aqueles que em Janeiro, queiram exercer o seu direito de voto:

Quem votar em Puigdemont e nos partidos aliados, votará pela Independência, pela criação de um Estado Soberano Catalão, que se separe definitivamente do centralismo Madrileno.

Quem votar nos partidos com assento Parlamentar como PP, PSOE ou Ciudadanos, estará a votar pela continuidade de uma ligação Autonómica, entrelaçada com a Nação Espanhola e com a Constituição em vigor.

Não existem outras hipóteses.

Por essa razão, é com expectativa que aguardo esta eleição, este desfecho para uma das mais graves crises identitárias, na Europa deste século.

Que venha então esse referendo, em forma de eleição.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

21.09.17

 

A Catalunha está a ferro e fogo, num braço de ferro entre a Generalitat e o Governo central de Madrid, por entre um Referendo que ameaça desconstruir a unidade Espanhola.

Entendo a questão que inquieta Mariano Rajoy e todos aqueles que acreditam numa Espanha Una e Indivisível, no entanto, o caminho escolhido para impedir a realização do tão desejado Referendo, pelos Independentistas, parece-me um erro colossal.

A lei está do lado de Rajoy, a constituição protege aqueles que alegam a ilegalidade deste acto, porém com estas detenções, aquilo que o Governo de Madrid conseguirá, será transformar em mártires, os desafiadores da República...

Ao ordenar à Guardia Civil que prendesse vários daqueles que organizam este Referendo ilegal, Rajoy acabou por indignar muitos dos que silenciosamente observavam esta fricção divisionista, unindo a generalidade dos Catalães, numa revolta incontrolável.

Esta espécie de demonstração de força Madrilena, pouco avisada na minha opinião, cria na sociedade Catalã a sensação de intolerância e opressão, ganhando expressão o grito de revolta que se tornará no maior apoio aos intentos da Generalitat e aos seus apoiantes independentistas.

Receio que esta batalha em torno da Independência da Catalunha, caminhe para um extremar de posições para a qual não se encontre uma solução conciliadora, capaz de serenar os ânimos anti-autonómicos em Espanha.

Se o Referendo avançar, irá o Governo de Espanha prender todos aqueles que se apresentarem para votar?

Dúvidas e questões que certamente adensarão este Referendo, que tanta discórdia tem provocado.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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