14.10.20
Noite e dia
repetindo o ciclo da vida
em cada passo de mortalidade
substituindo egos
afagados e gigantes
que se apagam em cada repetição desse mesmo dia.
Amiúde reencontramos os inevitáveis imperadores
"de papel"
pequenos ditadores que se sentem inexpugnáveis
mas que num instante solitário
se extinguem na sua pequenez,
fragilidade,
temporalidade...
noite e dia
se repete o palco,
a peça reescrita
na repetida desdita,
em novas roupagens
se renovam as imagens,
desta selva inusitada.
noite e dia...
até ao fim dos tempos.