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Caneca de Letras

09.11.18

 

Como não gosto de calar as minhas ideias, nem temo o confronto de argumentos, deixarei a minha singela opinião ...

Ainda me recordo quando, nos primeiros dias de reinado de Bruno de Carvalho, assinalei a minha discordância da personagem, do papel boçal e autoritário que se afigurava como característica inerente à personagem.

Muitos se calaram, até muito tarde, argumentando que era cedo demais, que deveríamos silenciar as evidências, em nome da união.

Não posso discordar mais...

Deveremos sempre apoiar o nosso Clube, sem nunca deixar de gritar bem alto, quando vislumbramos perigo no seu futuro.

Já aqui escrevi sobre Tiago Fernandes, sobre a excelente opinião que tenho do seu trabalho, desde os Juniores até este primeiro momento na Equipa Principal.

Desde o último título, ninguém esteve melhor em Alvalade do que Paulo Bento, gostem ou não, sem investimento e com um aproveitamento da formação, sem igual...

Tiago é, para mim, um continuador desse trajecto, com uma característica de jogo mais ofensiva e mais adequada ao futebol moderno.

Paulo Bento ficou refém do seu 4x4x2, enquanto Tiago é um adepto do 4x3x3, modelo ideal ao estilo, de sempre, dos Leões.

O que noto nestes jogos do Sporting, de Tiago Fernandes, é uma consciência Leonina nos jogadores, uma espécie de reencontro com o ADN do Clube.

Sem medo de lançar jovens, de defender, explicando que para isso não precisa de três trincos, de um querer espelhado no semblante de Nani, Renan, Montero, Mathieu, Acuna, Miguel Luís, entre tantos outros...

Fica difícil explicar ao comum adepto, como iremos abdicar de um Treinador promissor, por troca com um treinador que nada conquistou...

Nada!

Se vencermos em Alvalade, contra o Chaves, tendo um Porto vs Braga em perspectiva, poderá  acontecer, a equipa conquistar o primeiro lugar...

Como seria inexplicável esta troca?

Eu acredito em Tiago Fernandes, vejo nele o presente e o futuro de um projecto sustentado na formação, para que de uma vez por todas possamos no Futebol Profissional, que é o que interessa, voltarmos a ser grandes outra vez.

Registo apenas uma ou duas frases de Tiago Fernandes sobre Miguel Luís:

" Disse-lhe para jogar como fazia na Youth League, como treina, pois se falhasse, eu (Tiago ) assumiria as consequências."

" Um dia perguntei-lhe qual era o sonho dele e ele respondeu que era chegar à Equipa Principal...

Disse-lhe que também era o meu e que haveríamos de lá chegar os dois.

Chegámos!"

É assim que se lidera.

Por tudo isto, reitero a minha discordância com a contratação de um novo treinador, não por querer Peseiro mas sim porque sinto que já temos Treinador para muitas épocas.

Ps:: Anunciar o novo Treinador, no preciso momento da conferência de imprensa no Emirates, enquanto o foco estaria no resultado do jogo, é somente indelicado, estúpido e de curta visão...

Um sinal dos tempos em Alvalade. 

Viva o Sporting

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

09.11.17

 

Sempre detestei Pep Guardiola, o treinador, enquanto o jogador adorava, um dos melhores seis que vi na minha vida...

Guardiola não corria, deslizava, não passava, poetizava, não desarmava, gentilmente dançava como se de Nureyev se tratasse.

No entanto, a minha embirração com Guardiola começa naquele Super Barcelona, protegido por todos, imaculado de criticas ou reparos, que insistentemente me desesperava...

Mourinho chegara a Madrid e a batalha começara, a verdadeira batalha entre dois dos maiores jogadores, Messi e Ronaldo, entre dois dos melhores treinadores, Mourinho e Guardiola.

E o que fez Guardiola, na primeira vez que perdeu para Mourinho?

Fugiu...

E que desafio escolheu?

Bem, chamar o Bayern de Munique de desafio, é na verdade uma força de expressão, pois inevitavelmente ganharão 90% dos campeonatos que disputam.

É dessa cobardia que vem a minha irritação com Pep Guardiola...

Esse comodismo, que lhe permite um tiki-taka, enfadonho, sem contraditório.

No entanto, tudo mudou...

Guardiola voou para Manchester, para o City e eu disse a todos os meus amigos:

Agora vamos ver o que vale Pep!

Primeira época muito difícil, deixando antever um fracasso anunciado, um falhanço na primeira, verdadeira, aventura sem rede.

E não é que como um bom trapezista, Pep Guardiola, para minha imensa surpresa, inventa uma táctica, espécie de 5x3x2, libertando Silva e De Bruyne, nas costas de Aguero e do menino Gabriel de Jesus, solidificando os processos, libertando os génios enquanto os trabalhadores se entregam sem esmorecer.

Guardiola encontrou um compromisso entre o génio e o equilíbrio, num campeonato onde não existe tempo a perder e onde a cobrança não aguarda lugar...

Excepto no Arsenal.

Ao contrário de José Mourinho, Pep Guardiola não cristalizou e acabou por transformar um céptico, num crente...

Ou melhor:

Para mim, como adepto de futebol, Pep é o melhor.

Estou rendido.

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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