01.02.17
Tive o teu destino, em meu poder;
Decidi nada fazer,
Acabei por te perder,
Dei esse dinheiro, para te esquecer...
Fui eu que paguei;
Essa morte, a tua vida,
E achei que apaguei,
Sem apagar, tamanha ferida...
Era jovem, inconsciente;
Com a consciência de um cobarde,
E agora, bem presente,
Esta terrível verdade...
Tive medo, sem saber;
Ou talvez sabendo temer,
Que o destino não me iria perdoar,
Essa tristeza a recordar...
Penso sempre, neste vazio;
Que me persegue constantemente,
Esta dor, esse desafio,
De te saber ausente...
Como poderias ter sido;
A tua cara, minha expressão,
O orgulho hoje perdido,
Que invade o meu coração...
Se eu pudesse voltar atrás;
E apagar este arrependimento,
Preferia eu morrer,
Do que meu filho,
Não te ter!