24.02.20
Palavras para quê?
Silêncios e comentários...
Vozes e nada...
Quebras quebradas de uma asa tornada expressão maior de tamanhos anseios.
Um trautear do vento, uma inquieta brisa desfeita, um abrasador tornear dessa corrente de ar que se impõe.
Tão vazio como a ventania solar, tão intenso como as palavras no mar, tão repleto como a maresia ao longe, despida de tudo, carregada de tanto, desnudada de si.
A longínqua esperança que aquece e avança, que esmaga e seduz, num momento reluz e noutro se cala desesperançadamente.
Silêncios e comentários...
Palavras para quê?
Filipe Vaz Correia