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Caneca de Letras

26.05.22

 

 

 

 


Esta terça-feira ocorreu mais um atentado numa escola Americana, neste caso no Texas, levando a vida de mais de 20 pessoas, entre elas 19 crianças com idades entre os 9 e 10 anos.

Um horror sem fim...

O assassino tinha 18 anos e executou sem piedade este massacre.

A pergunta que a todos deve ser posta é:

Até quando?

Cerca de 50 Senadores Republicanos travam as alterações à lei das armas nos Estados Unidos, políticos amarrados a lobbys e interesses que transcendem a vontade do povo Americano.

Este tipo de gente que compõe o Partido Republicano da actualidade é um pequeno retrato da mediocridade em que se transformou o Partido de Colin Powell, George Bush ou Ronald Reagan...

São os mesmos que apoiaram indefectivelmente até ao fim Donald Trump e os seus correligionários, na sua maioria negacionistas, homofóbicos, racistas e misóginos.

Seria interessante ver os Senadores Republicanos terem em relação a este assunto o mesmo vigor que dedicam a censurar livros que falam na temática Gay, a combaterem a política de género ou a tentarem policiar os milhões de úteros de mulheres Americanas.

É este tipo de mundo que se instalou numa certa América, presa a dogmas, avessa à transformação, amarrada a preconceitos e a um tempo de Far-West.

Quanta mais carnificina será necessária para que se altere esta lei?

Quantas mais crianças terão de morrer para algo mudar?

Deixo a arrepiante opinião de Steve Kerr, antigo jogador dos Chicago Bulls e actual treinador dos Golden State Warriors.

Assistam pois mais do que qualquer palavra aqui escrita este testemunho expressa bem fundo o que na realidade todos deveriamos defender.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

11.09.21

 

 

 

 

Este vídeo foi para mim uma inenarrável descoberta pois nunca o havia visto, nem olhado para o 11 de Setembro desta indescritível perspectiva, de um helicóptero da NYPD.

Imagens arrepiantes e que permitem vislumbrar este horror de uma forma, se isso é possivel, ainda mais emocionante.

20 anos se passaram...

E o mundo jamais voltou a ser o mesmo.

 

As imagens são da revista Veja, publicação que não simpatizo desde o acto hediondo cometido com Cazuza no século passado.

No entanto, a actualidade e o tempo podem permitir que desta vez, excepcionalmente, publique um vídeo da Veja nesta Caneca...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

02.09.21

 

 

 

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A retirada Americana do Afeganistão é tão mais vergonhosa quanto mais se somam os discursos do seu presidente, o Srº Joe Biden.

Sinto uma profunda legitimidade para criticar o Sr. Biden, tendo em conta que fui e sou um acérrimo defensor da sua eleição, nessa disputa Trump vs Biden.

Aliás nem considero que existisse neste tema diferença entre ambos, visto que Trump iniciou este plano de retirada, libertou da prisão o actual líder Talibã, nunca escondendo a sua aversão a esta ocupação.

Mas o que aqui está em questão não é Trump mas sim Biden...

O que me entristece, enfurece, é a postura de Biden, quase alegando que nada mais havia a fazer naquele País a não ser retirar, fugir, deixar para trás os escombros que os Estados Unidos da América ajudaram a desmoronar.

E aqueles que durante estas duas décadas os apoiaram nesta luta contra os radicais islâmicos?

Aquela população que por momentos acreditou que os Estados Unidos e seus aliados iriam mesmo mudar a "sorte" daquele País.

Muitos por lá ficaram e outros que conseguiram escapar foram obrigados a ali deixar familiares que irão pagar com juros esses anos de colaboração.

Uma vergonha sem tamanho, uma profunda canalhice que ficará imortalizada na história Americana.

A opinião pública Americana muito concentrada na frente interna, certamente se esquecerá em breve deste triste espectáculo, no entanto, a dor e a barbárie que se perpetuarão por terras Afegãs, essas permanecerão por muito tempo para nos recordar a todos o papel de Biden e do seu governo.

Jamais o olharei da mesma forma, apesar de continuar a crer que foi a melhor escolha naquelas eleições...

Ou melhor, a única escolha possível.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

07.01.21

 

 

 

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Na escadaria do Capitólio, em Washington, zurrem os ogres de Trump, esse conceito boçalizado de uma nova ordem que se confunde com uma espécie de Direita que se vendeu ao populismo.

Quando condescendemos com o populismo temos que conviver com as sementes desse nosso gesto.

Este tipo de movimento deveria servir de exemplo para outros que por esse mundo a fora, particularmente em Portugal, se tornam coniventes com as trauliteiras movimentações de Partidos como o Chega.

Não deveremos ignorar este tipo de movimentos, as suas narrativas, os seus entrelaçados enredos que nos levarão, invariavelmente, a este tipo de situações.

O ódio, fermentado, deste tipo de organizações serve de alicerce para o seu crescimento, servindo de sedimentação a esse ressabiamento que caracteriza este género de apoiantes, militantes, sedentos de uma vingança histórica...

Ou um género de vingança da História.

Que nos sirva de exemplo...

Sendo que, infelizmente, para alguns este exemplo possa ser mais apelativo do que o vergonhoso e discreto sentir de um futuro melhor.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

 

05.11.20

 

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Adormeci e acordei...

Por entre as eleições Americanas, madrugada adentro, fui me deitar sem esperança na Raça Humana, submerso por esse temor da vitória de Donald Trump.

Tanto em jogo...

Como é possível?

Não fui capaz de escrever, não o quis fazer...

Durante o dia fui ganhando coragem, na mesma medida que Biden ia ganhando força nos Estados em contagem, na mesma medida que os votos por correspondência iam dando expressão à tendência que desde o início  acreditei.

Quinta-Feira, meia-noite...

Ainda não sabemos quem será o 46º Presidente dos Estados Unidos, no entanto, Joe Biden parece cada vez mais capaz de ser o Próximo habitante da Casa Branca.

Respiro de alivio, mesmo que olhando para cada parcela de futuro com preocupação, por sentir que se higienizou uma parte de História putrefacta recentemente presente nas entranhas da Sala Oval...

Será que posso estar descansado?

Ainda não se efectivou a vitória Democrata, Biden tem 264 Eleitores, faltando 6 para o número mágico que lhe garantirá a Casa Branca...

Nevada!

Meu belo Nevada...

Será?

E se Biden virar na Pensilvânia?

O que seria?

Não vou festejar, não quero antecipar os desejos mais intensos de minha alma...

Mas olho para esse futuro com o sorriso de Nova Iorque, o solarengo olhar de Boston, a força destemida de Los Angeles, a determinação de São Francisco, a querença maior de um "novo" Arizona, a vontade de mudança de Washington.

Não vou festejar...

Mas amanhã será um novo dia!

 

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

15.04.20

 

Os Mortos, os recuperados, a imbecilidade maior que nos chega por estes tempos.

Como explicar a Conferência de Imprensa do Presidente do Chile, onde explica que os mortos entram para as estatísticas dos recuperados pois estes já não contaminam ninguém.

Pois claro!

Não contaminam ninguém, não matam ninguém, não assaltam ninguém, não violentam ninguém...

Enfim, só contam para o lado bom das estatísticas.

Só um pormenor...

Estão mortos!

Isto teria tudo para ser risível, um pedaço de humor em qualquer horário nobre de uma televisão, um trecho engraçado num filme, uma passagem genial de uma peça de teatro...

Mas não...

É a dura e triste realidade.

Ao mesmo tempo que escrevo estas linhas, vejo a novidade de Trump...

O término da contribuição Americana para a Organização Mundial de Saúde, num gesto que busca justificar a sua própria incompetência, avalizar as "trapalhices" realizadas pela sua Administração.

Que momento tão interessante para suspender o envio de dinheiro para a OMS.

Estupidez...

Estupidez...

Estupidez!

Parece que é o que não falta.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

27.01.20

 

Morreu Kobe Bryant...

Morreu uma lenda.

Acompanho a NBA desde pequeno, noutros tempos mais do que agora, recordando em cada cesto, a cada afundanço as estrelas de antigamente.

Ninguém para mim se compara a Michael Jordan, àquela equipe dos Chicago Bulls, nem mesmo aqueles nomes que cintilavam, por entre, os gritos de Carlos Barroca...

Magic Johnson, Kareem Abdul-Jabbar, Larry Bird, Isiah Thomas ou Charles Barkley, nomes que rivalizavam, disputavam época e importância com o número 23 de Chicago, fosse no campo ou na História da modalidade.

Nenhum igual a Jordan...

Nenhum igual à lenda maior.

Depois da retirada de Michael Jordan deixei de acompanhar a NBA, assiduamente acompanhar, no entanto, anos mais tarde, uma equipe dos LA Lakers, dirigida pelo mesmo treinador que liderara os Bulls de Jordan, começava a dominar a competição, carregada de jovens, talentos, qualidade...

Nessa equipe uma personagem despontava, um génio se destacava:

Kobe Bryant.

Décadas se passaram, 20 anos de competição, títulos e mais títulos, pontos e mais pontos, sempre na mesma cidade, nos seus Lakers.

Palavras para quê?

Morreu neste dia uma lenda incomparável, com a sua pequena filha, dentro de um helicóptero, nos céus da Califórnia.

Tirando Jordan, nunca vi nenhum outro basquetebolista voar como Kobe Bryant, por entre os seus adversários, rumo aos cestos, esvoaçando entre os tectos de um qualquer pavilhão.

Assim, desaparece a magia de uma História, de um atleta que perdurará no tempo, na memória de todos os que o viram jogar, daqueles que mesmo não o vendo saberão as suas jogadas, os seus feitos, através da voz de tantos que o admiram e admiraram.

Alguém, um dia, disse que morremos duas vezes...

Uma no dia de nossa morte física e outra no dia que alguém pronuncia o nosso nome pela última vez.

Kobe Bryant jamais morrerá, pois pertencerá àquela galeria de figuras imortais que terão para sempre o seu nome pronunciado.

Até sempre, Kobe Bryant...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

06.12.19

 

Nancy Pelosi anunciou formalmente, esta quinta-feira, que o Impeachment Presidencial irá avançar, pedindo para que sejam redigidas as acusações que servirão de base ao processo apresentado no Senado.

Depois de ouvir vários especialistas em Direito Constitucional, parece claro para os Democratas que existem fundamentos para este impeachment a Donald Trump.

As acusações contra o actual Presidente Americano estarão sustentadas em três crimes...

Obstrução à justiça, Suborno e Abuso de poder.

O cerco aperta-se para Trump, enredado num chorrilho de trapalhadas, num continuo caminhar rumo ao abismo.

O Senado, Órgão que terá de votar favoravelmente este impeachment, para que este cenário possa ser realidade, é constituído por uma maioria de Senadores Republicanos.

Este ponto é incontestavelmente um pormaior, permitindo ao Presidente Americano acreditar numa vitoria neste novelesco capitulo.

Porém, independentemente do resultado desta votação, não se pode ignorar o imenso desgaste que todas estas situações causaram na imagem de Donald Trump, incrivelmente submerso neste tortuoso caminho.

Uma sinuosa questão deverá atormentar alguns Senadores Americanos...

Dar a Trump um voto para o salvar ou em contrapartida fazer cumprir a lei e assinalar com reprovação a patética actuação do actual residente da Casa Branca.

Veremos...

No entanto, quanto mais se escuta, mais se sabe, mais conhecemos, mais sobra a profunda convicção de um Presidente impreparado para a função, inadequado no cargo.

Enfim...

Talvez a derrota de Trump não se concretize às mãos de um qualquer adversário, em campanha eleitoral, talvez esta possa surgir entrelaçada à “estupidez” inerente ao seu próprio personagem.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

05.12.19

 

Na cimeira da NATO vários foram os Chefes de Estado que estiveram presentes, numa cimeira que concentrou os maiores protagonistas da política Mundial.

No entanto, um vídeo se destacou, um assunto foi maior do que todos os outros...

O vídeo onde Trudeau, Macron, Boris Johnson e Mark Rutte, a espaços acompanhados pela princesa Anna, troçavam de Donald Trump.

Trump chegara atrasado ao Palácio de Bunckingham, deixando a Rainha Isabel II à sua espera...

Este foi o mote para as palavras de Boris Johnson, palavras que deram inicio a essa conversa que escarnecia do desnorteado Presidente Americano.

De facto, nunca os Estados Unidos estiveram tão vulneráveis a este tipo de episódios como nos dias que correm, fruto da personagem trágica e cómica que preside aos destinos de tão mui nobre Nação.

Trump ao tomar conhecimento de tal vídeo amuou, deixando de imediato a cimeira da NATO, alegando que já tinha dado muitas conferências de imprensa, algo que o isentaria de mais encontros.

Deste episódio, marcado por uma gigantesca invasão de privacidade, por parte da imprensa, para com aqueles que se apresentam como protagonistas da “vida pública”, sobrará o ridículo da figura Presidencial Americana, ou seja, desse Donald Trump que se assemelha a um elefante numa loja de porcelanas.

Uns dirão que aquela conversa de Chefes de Estado foi bulling...

Eu direi que foi, singelamente, divertida.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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