17.02.18
É dia de Assembleia Geral do Sporting Clube de Portugal...
Uma Assembleia Geral carregada de dramatismo, de desconfiança e de ardor.
Bruno de Carvalho trouxe o Clube para esta incerta agitação, depois de gritos e acenos, de demagogos pedidos de gratidão.
O Sporting encontrará neste dia um de dois cenários, nenhum deles de grande satisfação ou de plena satisfação...
Por um lado se Bruno de Carvalho conseguir os seus intentos, isso quererá dizer que os Associados do Sporting terão claudicado perante os desejos absolutistas do seu Presidente, dando-lhe um poder desmedido e que poderá tornar o Clube, num espaço ainda mais Venezuelano do que actualmente já é.
Se por outro lado, o cenário for o de Bruno de Carvalho não conseguir aprovar algum dos três pontos por ele exigidos, teremos então, caso se cumpra a palavra, a demissão de todos os que constituem a Direcção do Sporting, começando pelo seu Presidente...
Se Bruno se demitir, após a votação, espero que tenha o bom-senso de aguardar pelo final da época, para realizar as eleições, permitindo que a equipa que ainda luta pela Taça de Portugal, Liga Europa e Campeonato, sofra o menos possível com a inerente instabilidade.
No entanto, pesando os dois cenários, sei bem o que desejo...
Que se chumbem os pontos a votação, os dois primeiros, pois são esses que para mim importam, que são a génese democrática da Alma Leonina.
Apesar de tudo, de todo o drama, gratidão, chantagem e afins, que Bruno de Carvalho quis aportar a este momento, o que me parece relevante não esquecer, é que acima de qualquer liderança, está a História e o Futuro do Sporting Clube de Portugal.
E esse futuro não poderá estar amarrado ou dependente de um homem instável, persecutório e birrento.
Viva o Sporting.
Filipe Vaz Correia