18.02.18
Bruno de Carvalho venceu, em toda a linha, a Assembleia Geral do Sporting, tendo conseguido a aprovação dos três pontos por ele exigidos, com números a rondar os 90%...
Uma vitória inegável.
Os Sócios Leoninos que se deslocaram ao Pavilhão João Rocha, decidiram aprovar a forma e o estilo, a governação e o seus desmandos.
Aprovaram tudo, não se podendo mais desresponsabilizar deste caminho.
Numa Era Brunista, assistimos hoje a um repetir de outras intervenções, por parte do Presidente, incendiando o ambiente, acentuando clivagens, buscando inimigos para ostracizar...
Desde Carlos Severino a Rogério Alves, passando pela família Rocha, os filhos deste, com particular atenção para Maggie Rocha.
Não só, este discurso, me pareceu estúpido como até incompreensível, porém nada surpreendente para a personagem paranóica do Presidente do Sporting.
O que Bruno Carvalho tentou e conseguiu fazer, foi criar um cenário de perseguição, aliás visível na tentativa de agressão a Carlos Severino, que teve de sair escoltado pela PSP, perseguido por Sócios Leoninos.
Uma tristeza...
Uma vergonha.
Mas é frequente nestes regimes absolutistas, dirigidos por ditadores bacocos, centrados no seu umbigo e acompanhado ordenadamente por um rebanho de seguidores.
O Sporting e a maioria dos seus Sócios, aprovaram todos os pontos exigidos pelo seu "Querido Líder", afunilando a alma democrática e entregando-se aos desmandos de um singelo demagogo.
Bruno definiu-se como um populista, talvez a única vez em que estive de acordo com ele, apenas divergindo no interpretativo significado que decidiu dar à palavra.
Bruno é populista e isso para mim não é um elogio.
Estou triste...
Tristemente preocupado com o futuro do Sporting, deste meu Sporting perdido, por entre estes tiques autoritários carregados de brejeirice.
As tentativas de agressão a Carlos Severino e aos Jornalistas que cobriam a A.G., não podem ser dissociadas das palavras incendiárias de Bruno de Carvalho...
Das constantes palavras de confronto.
O futuro será assim, certamente, mais difícil para aqueles que corajosamente fazem o favor de pensar pela sua cabeça, de se levantar sem temer, de dizer sem pedir licença.
Nunca gostei particularmente de Carlos Severino, nunca o considerei com perfil para Presidente, no entanto, a coragem demonstrada nesta A.G., tendo comparecido, mesmo sabendo o que lhe esperava, merece de mim uma sincera admiração.
O Sporting está transformado numa pequena ditadura, com votações condizentes com esses Países e Regimes, repletos de uivos ensurdecedores em honra do seu iluminado Líder.
Bruno venceu, para regozijo do seu ego...
Mas talvez tenha perdido o Sporting e a sua nobre História.
E agora todos a sair das televisões...
E nós, Adeptos e Sócios, nada de jornais desportivos ou Correio Da Manhã, apenas a Sporting TV.
Como sabe bem, a nova "Liberdade" Leonina!
Filipe Vaz Correia