09.02.17
Rostos carregados de sal;
Olhares, meio fugidos,
Almas que afinal,
Haviam desistido,
De ter esperança...
Rostos escondidos do tempo;
Esquecidos desse passado,
Onde talvez, por um momento,
Possam ter acreditado,
Que era possível ser feliz...
Rostos gretados;
Mostrando as marcas da dor,
Desse caminho iniciado,
Fugindo de um horror,
Que não consegue ser contado...
Rostos aprisionados;
Em imagens, fotografias,
Muitas vezes emoldurados,
Em exposições, romarias,
Mas nunca libertados,
Dessas noites e dias,
Que os perseguem...
E no fim de tantos rostos;
De tantas histórias por contar,
De tantos dramas e desgostos,
Eles continuam a marchar,
Esquecidos por entre as linhas,
Dos seus destinos!