05.11.19
Já me perdi;
Vezes sem conta,
Nessa estrada imaginada,
Vezes sem conta,
Cantando a desencantada,
Voz da alma...
Já me esqueci;
Vezes sem conta,
Desse sorriso de outrora,
Vezes sem conta,
Perdido nesse agora,
Que tarda em chegar...
Já me feri;
Vezes sem conta,
Nas entrelaçadas memórias,
Vezes sem conta,
Em cada pedaço dessa história,
Que imaginei nossa...
Já se apagou a luz;
Intermitente luz de um poema,
Singelamente discreto,
Imponentemente dilema,
Dessa parte que é deserto,
E que não voltará a nascer...
Mas se um dia aqui regressar;
Neste tempo, momento,
Numa janela de futuro,
Revisitando o passado,
Saberei reescrever,
Cada leve traço,
Do “nosso” rosto.