09.12.18
Como teria sido diferente se tivesse escolhido outro rumo, outro caminho a percorrer, outras voltas...
Se tivesse voado mais cedo e mais cedo escapasse pelo mundo, abraçando a imensidão de um destino, tão vasto como a imaginação mundana da alma.
Mas o que teria perdido?
Como poderia resgatar o que me preenche, quem me preenche?
Tantas interrogações, sendo que pelo meio das dúvidas sobram as certezas, as incertas querenças que se transformam em vontades, entrelaçadas saudades do que desconheço...
Ou que conhecendo não quis perder.
É assim a mundana caminhada de um olhar, de uma alma.
No íntimo desse existir que me pertence, sei bem que nada mudaria ou mudando...
Aqui queria, voltar, a estar.
Como diz a canção:
"Eu quero partilhar, a vida boa com você..."
Assim sem mais, sobra à imaginação, pincelar num quadro de aguarelas, os pequenos traços de um destino, curiosamente preguiçoso, carregado de uma saudade desse passado que adoraria voltar a viver.
Como escreveria minha Mãe:
"Viveria tudo novamente, se soubesse que me traria até ti."
Que saudades.
Filipe Vaz Correia