14.05.20
Um alvoroço parece ter tomado conta da vida política Portuguesa, uma espécie de assassinato em directo do Ministro das Finanças, Mário Centeno, para gáudio de algumas franjas da sociedade.
Não sou socialista, não sou comunista, muito menos bloquista, essa franja de ódio a Centeno, sou somente alguém que analisa a política de um lado "imparcial" da tela, num quadro pincelado em tórridas cores de irracionalismo.
Mário Centeno tem sido, na minha opinião, um bom Ministro das Finanças, tão importante como incómodo para um determinado grupo de pessoas que o observam em outros quadrantes políticos.
Não quero aqui inocentar as minhas dúvidas aquando da sua chegada, mas sim afirmar as minhas certezas durante o seu percurso.
Um ministro das Finanças, Socialista, a apresentar um superávit?
Num Governo coligado com o Bloco e o PCP?
Querem osso maior na garganta?
Numa garganta progressista que vê o seu Ministro das Finanças enquadrado na política Europeia...
A queda de Centeno será a vitória do "esquerdismo" Português, mas não tenham ilusões, será também o início do fim do governo de António Costa.
Esse utópico conto de fadas, reescrito por uma nova Esquerda, onde parecia ser possível conciliar o rigor económico com as promessas de esperança aos seus cidadãos, num pincelar em quadros diferentes.
No entanto, Centeno não é um pormenor...
Nunca o será.
Será sempre um pormaior, recordado pela História como um intervalo de ponderação entre festas Socialistas.
Quem o quer demitir?
Infelizmente...
Até alguns que jamais esperei ver neste filme de baixíssima qualidade.
Filipe Vaz Correia