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Caneca de Letras

19.07.19

 

Quando o silêncio se impõe;

E parece silenciar a alma...

 

Quando o gritante vazio,

Se atreve a chegar...

 

Quando o destino se cala,

Se atreve a calar...

 

Quando não se mostra o sorriso,

Tristeza chegando de improviso...

 

Quando o sol se põe,

Dando lugar ao desconhecido...

 

Quando nada mais faz sentido,

Esse sentir perdido...

 

Quando?

 

Quando apenas sobra a contradição,

Nessa forma de aflição...

 

Quando o mundo se revolta,

E desnuda o medo maior...

 

Quando o temor acrescenta,

Sem receio de esventrar...

 

Quando é pequeno o querer,

Esse querer que é desassombrado...

 

Quando?

 

Quando o escrever soluça;

A alma se agiganta,

A certeza se inquieta,

A entrelaçada querença se torna incerta...

 

Quando tudo isto se desenha;

Numa prepotente e assimilada resenha,

Voltando as pegadas presentes no nascimento,

Esse reescrito tormento,

Que nos pertence.

 

Quando...

 

Quando?

 

 

 

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