27.02.17
Porque tenho de ceder;
Porque devo esmorecer,
Porque devem em mim desaparecer,
Essas memórias amarguradas,
De vidas já esquecidas,
Mágoas passadas,
Noites perdidas,
Amarradas,
A tamanhas feridas,
Que ainda doem...
Porque devo responder;
Porque tenho de esquecer,
Porque sou obrigado a sorrir;
Se esta dor aqui permanece,
Nessa lágrima a ferir,
Que não adormece,
O meu imenso sofrer...
Porque não posso gritar;
Gritando intensamente,
Libertando sem parar,
Essa voz que desesperadamente,
Me insiste em sufocar,
Sufocando insistentemente,
A vontade de resgatar,
As ilusões que invadiram a minha alma...
Sobrando enfim;
Tantas palavras,
Para descrever a minha história,
Ficando apenas este poema,
Para guardar nessa memória,
Esquecida pelo tempo...
Por esse tempo,
Que não consigo descrever!