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Caneca de Letras

28.11.20

 

 

 

Por vezes temo o teu olhar;

A falta de expressão,

Ou aquele ignorar,

Intensa confusão,

Que invade o meu sentir,

Diante desse amor,

Que não cabe em mim...

 

Por vezes quero-te abraçar;

Sem saber como o fazer,

Quero-te beijar,

Sem soletrar ou escrever,

Querendo eternamente te amar,

Sem temer,

O incógnito julgamento...

 

Por vezes quero apenas libertar;

Esse imenso sentimento,

Que não consigo interditar,

Interditando o pensamento,

Preso no meu respirar,

Eterno sofrimento,

Neste coração solitário...

 

Por vezes, escondido;

Medo arrependido,

Num desejo perdido,

Num choro querido,

Que já não sei descodificar...

 

Por vezes quero apenas dizer;

Que não saberei viver,

Que não saberei morrer,

Sem esse imenso querer...

 

Que por vezes me parece acometer...

Nesse desejo de te amar!

 

 

 

 

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