01.03.17
Por vezes temo o teu olhar;
A falta de expressão,
Ou aquele ignorar,
Intensa confusão,
Que invade o meu sentir,
Diante desse amor,
Que não cabe em mim...
Por vezes quero-te abraçar;
Sem saber como o fazer,
Quero-te beijar,
Sem soletrar ou escrever,
Querendo eternamente te amar,
Sem temer,
O incógnito julgamento...
Por vezes quero apenas libertar;
Esse imenso sentimento,
Que não consigo interditar,
Interditando o pensamento,
Preso no meu respirar,
Eterno sofrimento,
Neste coração solitário...
Por vezes, escondido;
Medo arrependido,
Num desejo perdido,
Num choro querido,
Que já não sei descodificar...
Por vezes quero apenas dizer;
Que não saberei viver,
Que não saberei morrer,
Sem esse imenso querer...
Que por vezes me parece acometer...
Nesse desejo de te amar!