02.07.17
Esta noite a comunicação social Argentina e também alguns media Portugueses estão a dar como certa a contratação de Pity pelo Sporting, pagando o clube leonino, o valor mais elevado da sua história por um jogador de futebol:
16 milhões de euros...
Talvez se venha a revelar uma compra barata, pois estamos perante um jogador genial, um dos que mais me surpreendeu nos últimos anos no futebol Sul Americano.
Recordo-me bem da primeira vez que vi o pequeno Pity campo, num tridente ofensivo com outros dois jovens jogadores do River Plate, de seu nome Lucas Alarios e o endiabrado Driussi, apoiados por um oito impressionante, Ignácio Fernandez...
Pity Martinez é na sua alma um dez canhoto, um pequeno poeta que pode e deve jogar descaído pela esquerda, liberto, buscando através de diagonais os desequilíbrios que apenas um novo Ariel Ortega poderia conseguir.
Recordo-me a primeira revienga que lhe vi fazer, a primeira finta que me espantou, o primeiro deslumbramento que me provocou...
No meio de tantos possíveis reforços, este nome a ser verdade, resgata o Sporting para tempos que apesar de distantes me continuam a fazer sorrir, regressando às bancadas do velhinho Estádio de Alvalade.
Pity é um Balakov, com mais velocidade, com o mesmo encanto pela bola e o mesmo encantamento desta por ele, sempre entrelaçado por uma espécie de romantismo, poético, num verso acelerado, correndo sozinho numa vontade de destronar o mundo, com o seu atrevido talento puro.
Posso aqui cometer um erro tremendo mas arriscaria dizer que nunca o Futebol Português, nos último anos, conheceu um jogador desta qualidade, com esta magia aprisionada aos seus pés...
Inerente à sua alma.
Talvez Deco pudesse ser comparado, mas perdoem-me o sacrilégio...
Deco era muito lento, para ser comparado ao talento do menino Martinez.
Que sejas bem-vindo, Gonzalo Pity Martinez...
O Ariel Ortega dos tempos modernos.
Filipe Vaz Correia