12.07.19
Minha querida Fátima Bonifácio...
Escrevo este texto para lhe agradecer a amostra de boçalidade e ignorância presente naquele pedaço de letras e palavras a que o Jornal Público resolveu chamar de artigo.
Em primeiro lugar cumprimentar o dito Público pela ausência de critério Jornalístico, pois a liberdade de expressão, algo que defendo sem censuras, necessita de um pouco de qualidade para ser defendida.
Ora um conjunto de generalidades, de gritantes e racistas frases desconexadas, estão muito aquém daquilo que se poderia esperar de um Jornal de referência.
Vamos então ao texto da "intelectual" e "queridissima" Fátima Bonifácio...
É com grande tristeza que escrevo esta minha convicção, essa certa vergonha sentida ao ler as palavras inseridas nesse famigerado artigo, no entanto, após o alarido provocado pela escrita, de fraca qualidade argumentativa, não posso deixar de condenar veementemente cada vírgula e letra nele presente.
Fátima Bonifácio mistura conceitos, generaliza opiniões, afirma pré-conceitos bacocos e antiquados, numa esforçada construção de uma realidade existente nesse mundo tão seu.
Por cada exemplo dado pela autora, se encontra a estupefacção de quem com mais do que um neurónio tenha lido aquele famigerado texto.
O chorrilho de generalizações mata a essência da sua opinião, livre e liberta, desconstruindo as bases em que assenta, ao mesmo tempo que desnuda o racismo latente nele verificado.
Detesto os ajuntamentos e julgamentos em praça pública, muitas vezes vindo da Esquerda, sempre vociferando em nome de minorias ou hipocrisias...
Principalmente quando defendem regimes absolutamente criminosos e facínoras, sem vergonha ou pudor.
No entanto, neste caso, tenho de anuir com as vozes que invadem o espaço público, aqueles que se levantam para desnudar cada parte racista e xenófoba de tamanha incredibilidade.
E assim, depois do alvoroço provocado por este texto, não posso deixar de agradecer à queridissima Senhora e ao Jornal Público, pois fica sempre mais fácil desmascarar a imbecilidade quando esta se apresenta sem esconderijos e sem encenações.
Um texto racista, somente racista, solitariamente racista...
Cabe a todos nós demonstrar que este não vingará.
Filipe Vaz Correia