22.01.21
Portugal está a agonizar, desnudado por entre centenas de mortos, diariamente, que nos ferem a alma.
Durante meses ocupei estas linhas a elogiar este Governo na sua gestão da pandemia, nesse caminho escolhido que inexplicavelmente ousou abandonar...
Infelizmente, neste momento, não o posso fazer.
António Costa e o seu Governo estão tão perdidos como todos nós, com o agravante de serem eles os escolhidos para nos governar.
O Natal...
Esse aperitivo de popularidade que António Costa escolheu para o sorriso temporário do povo, com os custos aterradores que agora saboreamos, aliado à manutenção das fronteiras abertas com o Reino Unido, enquanto outros países as encerravam, sobrando ainda a manutenção das escolas abertas enquanto todos percebíamos que se caminhava para o desastre.
Tantas coisas...
Estamos entregues a uma avalanche de informação, de tragédia e desnorte, sendo que me parece ser evidente o imenso ziguezaguear e desnorte que invade quem nos dirige.
Sobra a todos resistir, ficar em casa, sabendo que só sobreviveremos enquanto Nação se formos absolutamente responsáveis e cumpridores num tempo carregado de surpresas.
Entre a saúde pública e as questões financeiras e económicas seremos confrontados com as ruínas do nosso tempo, aquele que tínhamos como garantido, e será aí que importará recordar as vozes e os responsáveis de tamanhas incompetências.
Os que nos dirigiram, aqueles que continuam a fazer jantares de centenas de pessoas, e os outros que continuam no palco jogando o jogo da hipócrita arte de fazer política.
Filipe Vaz Correia