28.09.18
Cavaco Silva regressou...
Pausadamente, como sempre, num registo de preocupação, tendo a sua Maria atrás como pano de fundo...
E como sempre, sonolento.
Perdão...
Sonolento, fiquei eu!
Cavaco veio falar da substituição de Joana Marques Vidal, partilhando com o País a sua opinião, deixando no ar a impressão de um conluio para "coisas estranhas".
Estas palavras mais do que alvejarem António Costa, tentavam visar Marcelo Rebelo de Sousa, neste trauma constante para com o seu sucessor.
Cavaco elogia o mandato da ainda actual Procuradora Geral da República, algo que me parece justíssimo, numa vã tentativa de criar um facto perturbador do tempo Democrático, continuando a se perder nesses enredos próprios de quem não compreendeu que o seu tempo passou.
Não beliscará Marcelo e julgo que nem mesmo a sua, de Cavaco, tão "estimada" Geringonça.
Cavaco Silva nos dias que correm, fruto de dois desastrosos mandatos Presidenciais é uma figura descredibilizada, sem afectos ou popularidade que sustentem os seus "pequenos" actos de vingança.
Quanto a Joana Marques Vidal tenho como a maioria dos cidadãos, uma apreciação globalmente positiva do seu trajecto enquanto PGR.
Esta minha opinião não invalida o facto de ter, desde sempre e principalmente na Justiça, uma certa relutância para com estas referências providenciais...
Parece que não teriamos Justiça sem Joana Marques Vidal...
E poderemos tê-la sem Carlos Alexandre?
Se calhar também não...
E sem o Procurador Rosário Teixeira?
A Justiça Portuguesa parece a Justiça Italiana de meados dos anos 90...
Carregada de Homens providenciais que são o garante da lei.
O garante da justiça são as leis que asseguram os direitos e deveres das pessoas vs a sociedade, muito para além daqueles que têm o dever de fazer cumprir essas leis.
Caso contrário, inverte-se a noção justa de Justiça.
Também acredito num mandato único do PGR, por convictamente crer que assim se garante de forma mais assertiva, a independência do Ministério Público e daqueles que se encontram à sua mercê.
Apenas isso.
Quanto às conspirações Cavaquianas...
Resta-nos sorrir, desse rancoroso e sonolento Planeta Cavaco.
Filipe Vaz Correia