30.09.19
Meu querido Silas...
Sei que hoje farás o teu debute enquanto treinador do Sporting Clube de Portugal, a tua equipe de coração, somente conseguindo imaginar esse misto de emoção que deverá invadir aquele querer de menino, que um dia vestiu a camisola Leonina sob a batuta de Osvaldo Silva e César Nascimento.
Sei bem o que deves sentir, pois também eu, menino, vesti essa camisola, sonhei acordado em cada treino no velho pelado em frente à antiga porta 10 A, sob a batuta dos mesmos César Nascimento e Osvaldo Silva...
Pelas minhas contas uma época antes de ti, com a mesma determinação, esperança, querença e sentir Sportinguista.
Ambos fomos dispensados, tu continuando a explanar pelos relvados o talento que possuías e eu escrevendo nesta Caneca entrelaçada de Letras.
No entanto, meu querido Silas, serve este texto para te desejar o melhor enquanto treinador do “nosso” Sporting, nesse encruzilhado caminho cravado de incongruências...
”Um clube de malucos”! Disse Varandas.
Gostei imenso da tua primeira conferência como treinador do Sporting, logo ali, desnudando o discurso, ou a falta dele, desse rapazola que se intitula “Presidente” de todos nós.
Num instante, poucos segundos, desarmas-te um pensamento que bastaria, segundo o Status Quo, para confirmar a valia do trabalho dos que se encontram no poder, confirmando essa visão aterradora da esfera Leonina, assim como, do empenho de alguns em ratificarem a realidade que asseguram existir.
Incompetentes...
Certificando os seus erros, justificando os seus desmandos.
Meu querido Silas, desejo-te o melhor, esse pormaior que será sempre o melhor para todos os Sportinguistas, num rumo desafiador e pejado de contradições...
Saberás que não contas com nenhuma protecção desses que se arrogam como líderes, sobrando apenas os adeptos anónimos, aqueles que no meio do desespero saberão reconhecer a árdua missão que te foi confiada.
Boa sorte...
Que os Deuses Leoninos te protejam e saibam reconhecer a coragem de um seu adepto.
Filipe Vaz Correia