17.10.17
Depois do miserável discurso de António Costa, Marcelo Rebelo de Sousa falou ao País, dando expressão à sua função de Presidente da República, aconchegando a alma dos que muito perderam, credibilizando o papel político que exerce.
Marcelo falou de vários pontos, não se furtou às questões, compreendendo o momento delicado que vivemos, dando razão às dores, que a todos atormentam.
Marcelo falou ao País real, do País real, da perda, da dor, da tragédia e das responsabilidades...
O Presidente da República, indicou o caminho, não se coibiu de apontar o rumo que teremos de seguir, nesta "última oportunidade para levarmos a sério a floresta".
Pediu que o Governo não deixasse de retirar consequências de toda esta tragédia, numa clara assunção de responsabilidades, tentando demonstrar que um novo ciclo não poderá passar pelas mesmas pessoas, pelas mesmas políticas.
Tentou ainda alertar para a importância de incluir todos nesta reforma da nossa floresta, numa solução que terá de ser, evidentemente, inclusiva...
Passar por todos os Partidos.
Uma das frases que mais gostei de ouvir, foi aquela que na minha opinião, me pareceu dirigida a António Costa e ao seu discurso naquela malfadada madrugada:
" Pensar a médio ou longo prazo, não significa convivermos com estas tragédias."
Muito obrigado, Senhor Presidente da República.
Sobre a Moção de Censura apresentada pelo CDS, ficou o pedido para a Assembleia clarificar o real apoio do actual Governo, deixando assim o recado a PCP e a BE.
Por fim, o lado fraterno e carinhoso de um Presidente, que não se inibe de pedir desculpas ao País, algo que apenas o dignifica, o aproxima ainda mais das pessoas, se mostra como mais um de nós.
Marcelo esteve, na minha opinião, muito bem.
Filipe Vaz Correia