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Caneca de Letras

14.03.19

 

 

 

Mulher: O Eterno Objecto

 

Depois de ver os programas actuais da televisão nacional que tem como finalidade o casamento não pude deixar de pensar na cerimónia em si, e infelizmente constatei que a mulher sempre foi vista mais como um objecto, e que por mais que queiramos mentir a nós mesmos e pensar que a sociedade está mais avançada a verdade é que não está!

Já alguma vez se questionaram porque é que a noiva no dia do casamento entra na Igreja acompanhada por um homem, seja o seu pai, padrasto, irmão ou mesmo em alguns casos do filho?

 

Podem pensar que é uma tradição amorosa e fofinha, só que antigamente as mulheres eram propriedades dos homens, e em algumas sociedades havia mesmo o dote, que era um preço que o noivo pagava aos pais da mulher de forma a adquiri-la.

 

O entregar a mulher no dia do casamento não é mais do que uma espécie de escritura imobiliária, onde um homem transfere a autoridade e propriedade a outro homem.

 

E desenganem-se se acham que não há muitos homens que quando trocam alianças não pensam que adquiriram direitos ilimitados sobre o corpo, a mente e a alma do objecto com que casaram, objecto esse que só por acaso não é inanimado e responde pelo nome de noiva.

 

As mulheres deviam preferencialmente entrar sozinhas, de cabeça erguida, mostrando que casam porque querem, e que também se for preciso descasar que não vão ter medo de o fazer, que não vão aturar abusos, desrespeitos, que não são cadelas amestradas levadas à rua com trela curta.

 

As mulheres deviam mandar à fava essa história da tradição e porque é bonito e é assim que se vê nos filmes e pegar nas rédeas da sua vida.

 

Mandarem uma mensagem clara aos homens que um relacionamento é como os carris de um comboio, lado a lado, sempre à mesma distância, para evitar descarrilamentos com mais ou menos feridos.

 

E aquelas que mesmo assim ainda vão choramingar ao ler este texto porque querem ter desde meninas o seu dia de princesa, a essas só tenho a dizer que deviam era sim ambicionar uma vida de rainhas, de imperatrizes, de chefes de estado.

 

As mulheres não são nem devem nunca ser tratadas como um objecto, mas são também as mulheres as primeiras que devem largar as âncoras que as impedem de navegar a toda a velocidade, mesmo que por causa disso as considerem revolucionárias feministas.

 

Se na época dos Descobrimentos nunca tivéssemos sequer construído uma nau como é que quereríamos ter descoberto metade do mundo?

 

 

Triptofano

 

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