25.04.18
O ruído silencioso em que caiu o meu Sporting, assinala a tempestade cínica que assombra o tempo destemperado no Reino Leonino...
Bruno de Carvalho mantém-se calado, escondido, se calhar como sempre deveria ter estado, no entanto, desconfiando da inusitada sensibilidade do Presidente Leonino, adivinho o temporal entrelaçado à figura em questão.
Não poderemos ignorar o momento, a verdade temporal que despedaçou a unanimidade Sportinguista, deixando ao olhar de todos o transtornado Presidente que nos representa, porém esta singularidade imperfeita, representada por este silêncio carregado de bom-senso, não me tranquiliza, não acalma a ansiedade verde que aprisiona este adepto de uma vida...
Somente reforça a estranheza, a preocupação.
As vitórias presentes, meio em esforço, impregnadas de dedicação, amarradas à dedicação de todos nós Sportinguistas, disfarçam as tenebrosas imagens plasmadas no auge da crise Leonina, as dores lombares, as ameaças ditatoriais, os apelos despojados de inteligência...
Por isso temo a vingança Brunista, a raiva canina escondida por trás deste silêncio, deste silencioso vazio de uma bélica alma.
Temo por Rui Patrício, por Jorge Jesus, por Bas Dost, por Bruno Fernandes, por Fábio Coentrão...
Temo por nós.
As vitórias Leoninas não me fazem esquecer o boçal que nos guia, a trupe que o acompanha, os peões de brega que o sustentam...
Por essa razão aqui escrevo estas palavras, como um grito surdo, para que não nos esqueçamos daqueles que sendo nossos, farão parte do imaginário intemporal deste nosso clube.
Quando vencermos a Final da Taça de Portugal, como espero, será Patrício que erguerá o troféu, como antes fizeram Hilário, Manuel Fernandes, Oceano, Beto, entre outros...
Sendo esses a razão para que perdure a gloriosa imaginação verde e branca.
Não nos esqueçamos disso, no meio do verão, quando a purga, que adivinho, começar...
Viva o Sporting.
Filipe Vaz Correia