08.04.20
Ousam voar das entranhas da indecisão;
Mortos e mortos para a ribalta dos jornais,
Vociferando a impotência,
Nossa, enquanto, animais...
Somos pó e vento;
Pedaços de nada em forma de gente,
Num sopro o tormento,
Num instante que se sente...
Caminhamos parados,
Trancados em casa,
Perplexos, embasbacados,
Como um pássaro sem asa...
Volta, volta vida;
Do lugar para onde partiste,
Sara, sara ferida,
Cala a dor que ainda subsiste...
E do fim de tamanho terror;
Que consigamos alguma coisa aprender,
Que este medo não fique torpor,
E a morte não seja somente morrer.