19.09.18
A partida de Paulo Gonçalves é uma pétala de tristeza numa rosa "avermelhada", num fim de tarde em que do romantismo brotou uma lágrima por esta anunciada separação.
As juras de amor murcharam, a eternidade de felicidade escapou e sobrou a inevitabilidade da fuga para a frente, para o lado, para onde tiver que ser...
Luís ficou só, repleto de Varandas falantes, de rechonchudos Pedros, de Monizes ao sol do Brasil mas não restem dúvidas de que jamais será a mesma coisa.
Vale a Luís a temporária "amnésia" que aqui ou acolá se lhe acomete, para esquecer que no gabinete ao lado já não se encontra Paulo.
No Estádio da Luz, assiste-se a uma dolorosa separação carregada de lealdade, de promessas de fidelidade, de uma eterna esperança de inocência...
Mas poderia ser de outra maneira?
Claro que não!
Paulo partiu, certamente, com uma choruda indemnização e com uma pasta carregada de documentos, apensados à sua memória pois o Paulo não tem amnésia...
É essa memória que lhe garantirá a eterna lealdade Benfiquista.
Pelo menos da estrutura Benfiquista.
Filipe Vaz Correia