23.09.20
Esta noite acompanhei no Jornal da SIC à estreia da reportagem 15/25 que nos leva até ao mundo desta nova geração que se prepara para voar...
Um olhar de mentes diferentes, de caminhos e ousadias intemporais.
Tenho uma inabalável fé nestes miúdos que se apresentam como o futuro de todos nós, esses olhares carregados de esperança traduzindo novas cores, desmedidos sabores, entrelaçados amores de tempos que espreitam ao longe.
Olho para os dias de hoje e sinto, cada vez mais, que a minha geração, dos 35 até aos 45, foi uma profunda desilusão, amarrada a tiques e dogmas que ameaçam recuperar fantasmas que se escondiam em alguns dos mais negros capítulos da Humanidade.
Esta geração que agora desponta, diria até dos 10 aos 25, olha para o mundo com menos barreiras, olha para o céu sem qualquer dimensão de limite, olha para o outro Ser Humano sem os rótulos que tanto parecem marcar, ainda, tantas mentes.
Esta esperança, minha, é intensa, imensa, uma desmedida crença nestes jovens, rapazes e raparigas, habituados a ter amigos em várias partes do mundo, a beberem concertos nos quatro recantos do planeta, a sentirem esse mesmo planeta como única casa.
O mundo mudou, os jovens mudaram, a esmagadora maioria destas inquietas almas deseja combater o racismo, a homofobia, a misoginia, as alterações climáticas, a injustiça social, a precariedade do trabalho e a intolerância diante do outro...
Querem quebrar tabús e preconceitos.
Segundo as palavras de alguns deles:
"Buscar um mundo melhor!"
Parece simples, demasiadamente simplista para fazer tamanha confusão, criar controvérsia ou polémicas, no entanto, acredito que alguns se incomodem com esta descomplexada forma de ver o mundo.
Eu contínuo esperançado nestes miúdos, esperança é a palavra chave, nesta nova geração capaz de abraçar o mundo, quebrar barreiras, encurtar distâncias e em vez de vociferar ódios, amarrar na mesma frase as palavras Vamos e Venham, numa viagem repleta de um esperançoso futuro.
Filipe Vaz Correia