09.08.17
As eleições Francesas, presidenciais e legislativas, deixaram no ar uma sensação de euforia, de esperança, nesse tornado político que se abateu sobre França, de seu nome Emmanuel Macron.
Essa esperança foi desde a primeira hora, uma derradeira oportunidade dada pelos Franceses a um político que ameaçava reajustar o panorama democrático Francês...
Ajustar pelo lado Humano da coisa, dando esperança ao invés de agressividade, dando luz ao invés da penumbra ameaçadora, fazendo acreditar ao invés de odiar.
Esse lado de Macron uniu os cidadãos, deu-lhes aquela vontade de votar em alguém novo, que trazia consigo essa inevitável expectativa por um futuro melhor.
No entanto passados estes meses, as sondagens atribuem a Emmanuel Macron taxas de popularidade abaixo daquelas que tinha François Hollande...
Incroyable!
É aqui que se deve concentrar o Presidente Francês, neste sinal que ameaça reduzir o projecto que tanta esperança alimentou por toda a Europa, numa triste recordação de um estrondoso fracasso.
Esse receio que chega, com Macron perdido em debates estéreis e de pouca importância, como por exemplo o lugar que deve ocupar a sua mulher no Eliseu, ao invés de olhar genuinamente, como aliás prometeu, para aquilo que tanto perturba a vida de cada um dos seus cidadãos.
Macron deve intervir na Europa, deve preocupar-se em reestruturar o sistema fiscal e económico Francês, deve revolucionar o papel da industria Francesa, deve de forma inadiavel olhar para os níveis de desemprego que esventram o âmago da sociedade Gaulesa...
Deve enfim, procurar respostas para as tamanhas dúvidas e inseguranças que atormentam os jovens do seu País.
Só assim, cumprindo o que prometeu, sem deslizes ou hipocrisias, é que Emmanuel Macron não decepcionará aqueles que lhe entregaram tamanho poder, no Eliseu e no parlamento, para que daqui a quatro anos não estejamos todos a dizer, que Le Pen venceu mesmo.
Por essa razão, escrevo:
Fait Attention, Monsieur Emmanuel Macron!
Filipe Vaz Correia