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Caneca de Letras

Caneca de Letras

Eu

Filipe Vaz Correia, 12.01.23



 

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Um dia arrancaram-me a carne;

esse pedaço de mim iletrado

caderno ilustrado

de um tempo que desencarnou...

 

Outro dia arrancaram-me a alma;

essa parte de mim iludida

parte escondida

de um tempo que passou...

 

Nesse mesmo dia arrancaram-me a inocência;

parte desencontrada dentro de mim

como um portão de um jardim 

que se partiu...

 

E assim;

sem delongas ou demoras

se traçou o traço

se desenhou o embaraço

esse quisto mal visto

de uma pintura abstracta.

 

 

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