23.06.17
Uma estrada silenciada;
Cheia de almas carbonizadas,
Uma estrada desgraçada,
Pintura amaldiçoada...
Pinceladas de cinzento;
Num quadro de sofrimento,
Pintando o tormento,
Soprado por aquele vento...
Uma estrada vazia;
Esvaziada naquele dia,
De gente que outrora sorria,
E num instante partia...
Tantas lágrimas escondidas naquele alcatrão;
Tantos sonhos que ali ficaram perdidos,
Tantos desgostos cravados no coração,
Por entre tamanho fogo maldito...
E continuam as chamas a arder;
Naquela estrada,
Naqueles corações,
Eternamente.