23.09.19
O PSD perdeu, pela primeira vez, a maioria absoluta na Madeira...
Felizmente para os Sociais Democratas, o CDS deverá garantir os deputados suficientes para numa coligação, bastarem à governação do arquipélago da Madeira.
No entanto, não deve bastar esta constatação, este cenário de tristeza, que tomou conta dos rostos “laranjas” habituados a reinar naquelas terras.
Em contraponto, vemos o Partido Socialista alimentando o seu caminho, com novos 14 deputados adquiridos nestas eleições.
Um desenho arrepiante para a história Social-Democrata na região, para o legado de Alberto João Jardim, ficando desnudadamente a interrogação...
Se Alberto João Jardim não tivesse, nestes últimos dias, entrado nesta campanha eleitoral qual seria o resultado do partido?
Não estaríamos a assistir a uma catástrofe maior?
Uma histórica lição para aqueles que menosprezaram o peso das “velhas” raposas, neste novo tempo eleitoral...
Hoje, espantados, viram-se confrontados com as repercussões dos seus actos, com as consequências das suas “queimadas”.
Talvez esse passado recente, repleto de autofagia, tenha servido para enfraquecer o Partido e a sua actual liderança.
Por vezes as feridas abertas não saram, não secam...
Por mais que se demonstre o contrário.
Destas eleições sobrará o terramoto político que quase aconteceu na região da Madeira, ao PSD e ao seu passado histórico...
Chega o tempo dos entendimentos, um novo tempo na Madeira, que irá ditar todo um destino e um legado que se entrelaça desde 1974.
Novos tempos, renovados entendimentos...
Filipe Vaz Correia