11.11.19
Em Espanha continua o turbilhão eleitoral, o mesmo atabalhoado processo que tem levado a democracia Espanhola de eleição em eleição.
Neste Domingo o PSOE voltou a vencer, como anteriormente fizera, só que agora com menos força, com menor força daqueles que supostamente poderão ser os aliados tradicionais, também eles enfraquecidos.
Se estivéssemos a falar de lógica, evidentemente que os Partidos poderiam aprender com a resposta dada esta noite pelos eleitores...
E que resposta foi essa?
Uma estagnação ou perda dos partidos mais tradicionais, com derrotas claras do Cidadanos ou do Podemos, por entre, resultados quase similares como do PSOE e do PP...
O que diverge nesta eleição?
A subida extraordinária do VOXX...
Ignorar este facto ou não o compreender representará um suicídio para estes partidos e as suas realidades.
Os Espanhóis estão exaustos de “tricas” partidárias, de teatralizações políticas, olhando para o fenómeno VOXX como uma voz alternativa à pasmaceira costumeira.
Poderemos criticar ou acreditar que se trata de um fenómeno passageiro, no entanto, a subida apoteótica deste Partido de Extrema-Direita, aconselhará a prudentes conclusões e avaliações.
Sem a presença de estadistas ou fortes lideranças no espectro político Espanhol, torna-se essencial o aparecimento de sólidos projectos políticos, capazes de criarem pontes e entendimentos que sustentem esse futuro plasmado na vontade dos cidadãos.
Caso os Partidos tradicionais continuem a se perder nessas entrelaçadas e corriqueiras questões, sobrará um fértil terreno para os extremismos proliferarem...
Da Esquerda à Direita.
Estas eleições foram mais um aviso...
Nessa Espanha em busca do seu destino.
Filipe Vaz Correia