22.12.21
Ontem foi um um dia triste, a minha Mãe morreu nesse dia há 11 anos...
Nunca mais fui o mesmo, nunca mais senti o mesmo.
Todos os medos que me perseguiam nesse medo de a perder cá permanecem só que transformados em solidão, por mais acompanhado que me encontre, por maior que seja o amor que me amarre.
As saudades que subsistem por aqui continuam, mais amenas mas insistentemente acesas, mais disfarçadas mas em ferida...
Nessa ferida que não sara, nessas lágrimas que não secam, nesse amor infinito.
Assim deixo aqui um poema que escrevi há tempos, num celebrar desse amor, desse colo teu que sempre foi minha casa, nesse regaço que sempre me pertenceu como amparo.
Nunca fui tão feliz, como no colo de minha mãe;
O seu cheiro, o seu perfume,
O timbre da sua voz, enfim...
O calor do seu amor.
A mão que me embalava no berço;
O olhar que seguia os meus passos,
O desejo que acarinhava o meu destino,
O meu bem querer...
Ai as saudades que não findam;
Os tesouros que se escondem na terra,
Os sons que se calaram,
Ó Mãe!
Mãe;
Palavra tão bela que me ensinaste,
Que aprendi a rimar com amar,
Que aprendi a ter como minha...
Minha Mãe!