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Caneca de Letras

10.11.16

 

9 de Novembro de 2016, ficará marcado na minha mente como o dia da revolução americana...

Nada ficará igual depois destas eleições, deste medíocre combate disputado entre Hillary e Trump.

As duas faces de uma América, centro do mundo ocidental, que nunca estiveram tão extremadas, distantes, antagónicas, muito por culpa de um discurso populista, xenófobo e sexista levado a cabo pelo candidato republicano.

Este retrato que não é virgem neste mundo em que hoje vivemos, o Brexit, a ascenção de Marine Le Pen, deixa a todos os líderes políticos que comandam as democracias mais evoluídas, um desafio que não poderá ser adiado:

Mudar o paradigma ou vacilar perante os novos populismos que crescem entre os mais necessitados e excluídos de cada um destes países.

A economia terá de ser colocada ao serviço das pessoas, das suas necessidades, o investimento terá de ser suficiente para alavancar novos sonhos, uma nova esperança que ultrapasse a ditadura do défice que cada vez mais sufoca e mina a confiança das pessoas nesse sistema em que todos vivemos:

A Democracia.

Donald Trump prometeu excluir muçulmanos, construir um muro, deportar 11 milhões de pessoas, mudar a face da NATO, destruir o acordo da NAFTA, destratou Latinos e Mulheres e ainda desvalorizou a importância das alterações climáticas...

Independentemente de tudo isto, venceu.

O medo e o ódio venceram aqueles que acreditavam, como eu, que seria impossível uma mensagem como esta, vencer na terra da liberdade, na democracia mais importante do mundo, deixando no ar uma tempestade que ameaça estremecer os alicerces que há muito nos habituámos a ter como sólidos e seguros na nossa sociedade ocidental.

Hillary perdeu, enleada pelos escândalos que a rodearam, pela falta de carisma e confiança que sempre a perseguiram e que já em 2008 a haviam levado á derrota nas primárias Democratas.

Uma aprendizagem para o partido Democrata, pois nem sempre o candidato da estrututra, do status quo é o mais indicado, como também Obama havia demonstrado no mesmo ano de 2008.

Assim cheio de dúvidas e interrogações, olhando para as nuvens que se instalaram nos Estados Unidos, para aquelas que antevejo se dirigirem para Paris ou Berlim em 2017, aquando das eleições nesses países, rezo para que neste século XXI os anos 20, 30 e 40, não voltem a ser tão trágicos, populistas e demagógicos como aqueles que o mundo viveu nas mesmas décadas do século passado.

 

Nunca como agora esta frase foi mais apropriada:

God Bless América e já agora todos nós.

 

Filipe Vaz Correia

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