03.07.17
Nunca pensei escrever tal coisa mas parece-me factual que a eleição de Donald Trump significou para a Europa uma oportunidade, algo positivo, importante, determinante...
A Presidência Americana, envolvida numa espécie de jardim infantil desde que Trump foi eleito, tem perdido preponderância e influência no mundo devido às atitudes irrefletidas desta administração, desvirtuando assim, aquele sentimento de admiração com que muitos Países olhavam para a terra das oportunidades.
Este impasse Americano, assustou inicialmente muitos dos seus aliados, muitos dos que se habituaram a olhar para os Estados Unidos como o País líder das democracias, da suposta liberdade democrática, no entanto, este facto aliado ao tão temido Brexit, não provocou as radicalizações esperadas nas eleições subsequentes no continente Europeu...
Os extremos não venceram em Espanha ou França, não aglutinaram na Holanda ou até mesmo na diminuta vitória, de uma nova radical envergonhada, como a Senhora May.
A Europa e a União Europeia começaram a mudar, entendendo provavelmente que esta seria a única forma de poder travar os extremismos e os errantes sinais vindos do outro lado do Atlântico...
Até a China demonstrou com a sua posição de força, após o abandono Americano do acordo de Paris, entender o seu papel neste novo cenário e também ela aproveitar a falta de comparência que advém da inoperância de pensamento de um Presidente mais interessado em entreter do que em governar.
Assim neste inovador momento geopolítico, um lado positivo parece se impor por entre as piadas e gaffes de Donald Trump:
A esperança de uma Europa mais unida, mais interventiva, melhorando efectivamente aquilo que parece a América ter abandonado...
A realidade!
Filipe Vaz Correia