14.01.23
Este ano não escrevi sobre a minha Mãe no dia 21 de Dezembro, pela primeira vez desde que escrevo neste Blog ausentei-me desta dor nesse dia, não no coração nem na alma, mas neste espaço...
Ainda me pergunto porquê?
Se a dor não se esgotou porque razão a decidi silenciar?
Estará esgotada a escrita sem que as lágrimas cessem?
Neste intermédio de indecisão encontrei um rascunho de minha mãe com um recado para mim, numa nota meio à pressa com muitos anos de distância...
E percebi que escrever faz parte do nosso ADN, esse desabafo partilhado ou discreto, que me permanece entrelaçado ao maior de nós mesmos.
Por isso, por essa mesma vontade de expressar, aqui volto a esta Caneca de Letras para mais uma vez, desta vez com atraso, gritar soletrando...
Amo-te Mãe.
Assim, sem mais...
Filipe Vaz Correia