05.01.18
Meu querido amigo, muitos parabéns neste dia, pelos 40 anos que ficaram por cumprir...
Assim como ficaram os 20, os 30, tantos e tantos sonhos, guardados em ti.
Neste dia de Reis, recordo muitos dos dias que passámos juntos, muito dos sorrisos que partilhámos, das traquinices que inventámos, da lealdade constante entre nós.
Se pudesse descrever a nossa amizade numa palavra, talvez esta fosse a mais apropriada, a que mais nos caracterize...
Lealdade.
Sempre juntos, sinceros, ligados.
Tanta coisa nos separava à partida, tantos nos ligou sem sabermos...
Às vezes penso se teríamos sido amigos, sem aquela cena de pancadaria que nos levou ao gabinete da Professora Jesuína, directora do colégio e daquela casmurrice, que tão bem nos define, de cada um querer assumir as culpas do outro.
Inimigos até aquele dia, siameses a partir daí.
Tínhamos 10 anos, 10 jovens anos.
Desde esse dia e até hoje, repito hoje, em momento algum ficaste longe do meu pensamento, meu amigo, longe deste coração que sempre te pertencerá.
Mesmo naqueles dias difíceis, enevoados por entre as sessões de quimioterapia, a que foste sujeito, mesmo nesses dias, não esqueço a nobreza com que enfrentavas a realidade, a esperança que brilhava no teu desbravado olhar...
No teu leal olhar.
Daqui, nesta carta, amigo de uma vida, fica o meu grito de parabéns, onde quer que estejas, onde quer que vás, para onde quer que foste.
Daqui, com o tremendo sentimento desta eterna amizade, fica silenciosamente, o imenso obrigado, por um dia ter feito parte dessa breve vida, que foi a tua...
Mas que sempre recordarei, com um carinho sem tamanho.
Parabéns Luís...
Meu querido amigo.
Filipe Vaz Correia