22.12.16
Escondem-me debaixo de um véu;
Um véu imposto, desgosto,
Um tabu que me cobre o rosto,
Um terror imposto...
Sou refém deste manto;
Que quebra a minha vontade,
E que atira para um canto,
A minha sonhada liberdade...
Só os meus olhos sobrevivem;
Aos olhares que me circundam,
A essas regras que me dominam,
Às mentes que violentam o meu destino...
Debaixo deste céu;
O mesmo mas tão distante,
Desse mundo, do meu véu,
Que me consome,
Asfixiante...
Não tenho escolha;
Não tenho querer...
Não tenho pele;
Não tenho sorriso...
Tenho apenas a minha alma;
Para silenciosamente,
Sonhar.