28.01.17
Atrás desses portões;
Onde se escondeu tanto sofrimento,
Tantas mortes sem caixões,
Servindo de ensinamento,
A um mundo de interrogações,
Espelhados nesse tempo...
Em cada gota de chuva;
Caindo desse céu,
Fica uma lágrima por chorar,
Por aqueles que nessa história,
Acabaram por deixar,
Uma vida por cumprir...
Nesse pedaço de terra;
Naquele cheiro a morte,
Essas memórias que encerram,
Tantas vidas sem sorte,
Às mãos de um malfadado destino...
Chaminés sempre a queimar;
Meninas e meninos gaseados,
Almas a escapar,
Por entre o fumo, desse passado,
Daquele presente a recordar,
Para que nunca mais seja tentado...
E assim, importa voltar a dizer;
Que foi verdade, tamanho horror,
Para que ninguém se atreva a esquecer,
Aqueles esqueletos, aquela dor,
Aqueles uniformes às riscas!