28.09.17
Para onde segue esta "nova" Angola?
Será "nova"?
É com graça e até espanto que vejo algumas noticias no Jornais Portugueses, enfatizando o discurso do General João Lourenço, pois é na minha opinião apenas isso que o Senhor continuará a ser, num misto de esquizofrenia e gritaria...
Em primeiro lugar a euforia da mudança, no discurso do "novo" Presidente Angolano que promete atacar a corrupção, assim como, a parca liberdade de expressão, entrelaçando a esperança com a demagogia inerente a uma peça teatral, tão bem interpretada.
Depois a ausência de uma referência a Portugal, como aliado preferêncial do Regime Angolano, repito Regime Angolano, não o seu povo, num discurso carregado de falsidades, indirectas e incongruências...
O regime Angolano nunca teve em Portugal um parceiro igual, aproveitando-se do complexo colonialista que sempre esteve presente nos vários Governos Portugueses, para limitar demasiadas vezes a agenda informativa nos dois Países.
Para isso não será de estranhar a propriedade de várias empresas em Portugal, por empresários Angolanos, muitas delas no espaço jornalístico, por exemplo a CMTV ou o Sol, com a conivência daqueles que alinham por estes argumentos falaciosos...
Será que o Ministério Publico Português poderá investigar um antigo Primeiro-Ministro de Portugal e não o poderá fazer, no caso de um Vice-Presidente Angolano?
Mesmo que este seja, na realidade, Corrupto...
Recuso curvar os meus princípios em nome de uma chantagem visível, abjecta, identificada no discurso de João Lourenço, ou seja, no discurso aprovado por José Eduardo dos Santos e pelo MPLA.
O mesmo MPLA de sempre.
Gosto muito de peças de teatro, no entanto, prefiro aquelas em que os actores sobem ao palco, sem ponto, sem mascaras, sem reticências...
Enfim sem nada a esconder.
E no caso deste Regime Angolano, mascaras é o que não falta.
Filipe Vaz Correia