25.01.18
Um adeus...
Sempre que se diz adeus, a alma se contrai, a vontade se retrai, a querença diminui.
Um adeus definitivo, decisivo, desarmante.
Quando se ama, esse amor que se torna maior, não correspondido, o adeus é o maior temor da alma, mesmo que a fraterna alma, não creia que seja possível...
Mas, por vezes, é.
Esse adeus chega...
Quebrando decisivamente o querer, o olhar que se diluiu sem expressar, o amor que partiu sem explicar.
Nas entrelinhas do coração, nessas entrelinhas indescritíveis, vai se escapando a explicação para tamanha dor, para essa dor tamanha...
As palavras que sempre escasseiam, em momentos como estes, tornam-se no fel que fica armazenado no pensamento, no desgosto tornado em esperança.
Pois nada é mais cortante do que um amor...
Perdido, despido, desapegadamente enganador.
E na hora de um adeus, sobra a esperança de um renascer...
Sem mágoa...
Sem ti.
Filipe Vaz Correia