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Caneca de Letras

19.09.18

 

A partida de Paulo Gonçalves é uma pétala de tristeza numa rosa "avermelhada", num fim de tarde em que do romantismo brotou uma lágrima por esta anunciada separação.

As juras de amor murcharam, a eternidade de felicidade escapou e sobrou a inevitabilidade da fuga para a frente, para o lado, para onde tiver que ser...

Luís ficou só, repleto de Varandas falantes, de rechonchudos Pedros, de Monizes ao sol do Brasil mas não restem dúvidas de que jamais será a mesma coisa.

Vale a Luís a temporária "amnésia" que aqui ou acolá se lhe acomete, para esquecer que no gabinete ao lado já não se encontra Paulo.

No Estádio da Luz, assiste-se a uma dolorosa separação carregada de lealdade, de promessas de fidelidade, de uma eterna esperança de inocência...

Mas poderia ser de outra maneira?

Claro que não!

Paulo partiu, certamente, com uma choruda indemnização e com uma pasta carregada de documentos, apensados à sua memória pois o Paulo não tem amnésia...

É essa memória que lhe garantirá a eterna lealdade Benfiquista.

Pelo menos da estrutura Benfiquista.

 

 

Filipe Vaz Correia

06.09.18

 

Como olha um Benfiquista para este terramoto que assola o seu Clube?

O seu amor...

Vencer ou ganhar é a essência desse querer que apaixona a alma dos adeptos, é a verdade que ilumina e dá sentido a tamanho sentir, no entanto, não a qualquer preço.

Luís Filipe Vieira, supostamente um dos maiores Presidentes da História do Benfica, arrisca passar a ser recordado como o pior, tornando a memória de Vale e Azevedo um rebuçado de criança.

O facto de ter permitido desde o inicio o entrelaçar da SAD Benfiquista e a figura de Paulo Gonçalves, tendo dado cobertura à manutenção da estrutura então acusada, quando era avisado afastar o personagem em questão, tornará difícil a defesa e complicará todo o processo.

Este foi, na minha opinião, o maior erro de Vieira...

Sem contar evidentemente com os actos de corrupção, caso se comprovem.

O preço a pagar pelo Benfica poderá ser infinitamente humilhante, o que tornará ainda mais penoso o lugar de Vieira na alma "vermelha".

Por tudo isto, julgo que as vozes Benfiquistas se dividirão em duas linhas:

Aqueles que sendo sensatos, começarão a perceber o alcance deste caso e questionarão o poder instalado sobre as consequências dos seus actos.

E os fanáticos que independentemente do que possa ter sido feito, continuarão a vociferar contra o mundo, sem reflectir sobre o próprio Clube.

E como podemos observar ali pelos lados de Alvalade, fanáticos existirão sempre.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

02.02.18

 

Abomino o segredo de justiça...

Simplesmente porque ninguém o cumpre.

Detesto o segredo nesta justiça...

Simplesmente porque ele não existe.

A polémica com o Ministro Mário Centeno, deixa evidente as fragilidades deste sistema, capaz de destruir antes de julgar, de desnudar o que por vezes, apenas, é suposição.

No caso de Mário Centeno, que se colocou a jeito ao pedir os ditos bilhetes, este arquivamento não é mais do que o esperado, depois de entendido o absurdo de que era acusado...

Completamente absurdo.

No entanto, a noticia colocada nos jornais, na imprensa, libertada em parangonas para o mundo, tomou proporções que não só poderiam lesar o bom nome da pessoa em causa, como também, dos cargos que ocupa em nome do País e em nome da Europa.

Arquivou-se o caso.

Mas quem escreveu a notícia que praticamente o colocava como arguido?

E quem passou ao "jornalista" essa informação?

Esta falta de respeito para com aqueles que são julgados, permite que a presunção de inocência seja violada de maneira aviltante, desvirtuando as bases necessárias para um sistema democrático sobreviver.

Neste processo que envolve o Juiz Rangel e Luís Filipe Vieira, mais uma vez assistimos a buscas filmadas em directo e partilhadas em vários canais de televisão...

A CMTV e a revista Sábado parecem ser os canais prioritários para quem cede as informações, esse pedaço de devassa que se tornou num direito de coscuvilhice que acompanha o sistema.

Não quero com isto defender estas duas personagens, que além de sinistras considero duvidosas, mas acima de tudo, relevar a importância de uma justiça sem Big Brother.

Um cidadão comum pode ter um veredicto pré-julgamento...

A justiça não.

Um cidadão comum pode querer saber o que se esconde, para além daquelas anunciadas buscas...

A justiça jamais as poderá partilhar.

O deverá permitir.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

08.01.18

 

Mas porque raio, anda Mário Centeno a pedir bilhetes ao S.L.B?

Porque raio, o Ministro das Finanças, tem de andar a pedinchar bilhetes para se deslocar à Luz?

Gosto de Centeno, já o escrevi, surpreendendo até a minha desconfiança inicial, da Geringonça no geral e do Ministro em particular...

No entanto, independentemente do seu desempenho Ministerial, existem princípios que não devem ser esquecidos, uma certa aparência que apesar de não ser requisito exclusivo, também conta.

A polémica que a partir de aqui se instala, com a isenção fiscal, IMI, a um dos filhos de Luís Filipe Vieira, é apenas uma consequência, deste aparente favor, esta triste coincidência que deixa no ar todo o tipo de especulações.

O Ministro defende-se, dizendo que não deixará de ir ao estádio da Luz, ver jogos do Benfica, como fez durante os últimos 45 anos...

Mas quem lhe pede para deixar de ir ao estádio da Luz, ver os jogos do seu clube?

O que me parece importante, é que o Senhor Ministro compre os seus bilhetes, num gesto nobre e decente...

Nem que seja para não ficar num terreno pantanoso, de especulação e desconfiança.

Importante referir que com as declarações do Ministério das Finanças, validando a veracidade do pedido de bilhetes, por parte de Mário Centeno, terminam as insinuações de que os Emails divulgados, poderiam não ser verdadeiros...

Já se percebeu que são.

Assim, depois de mais um pedaço de promiscuidade, se compreende como a política e o futebol, continuam entrelaçados, por entre sorrisos e favores.

Uma vergonha ou simplesmente burrice?

Mário Centeno que responda.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

19.10.17

 

O dia fica marcado pelas buscas ao Estádio da Luz, assim como, a casa de Luís Filipe Vieira, de Pedro Guerra ou Adão Mendes.

Estas buscas indiciam uma investigação relacionada com as denúncias de Francisco J. Marques e do FC Porto, contribuindo assim, para a clarificação de um clima de suspeita em que há muito se vive, no Futebol Português.

Das duas, uma:

Ou o Benfica está de facto, envolvido num esquema de viciação de resultados, que ao longo do tempo tem beneficiado o clube encarnado, ou estas denúncias não tem base de sustentação, e nesse caso o FC Porto e o seu Director de Comunicação, estarão metidos num grande sarilho.

No primeiro cenário, seria a demolição de uma parte do Futebol Português, o desmantelamento de um conjunto especifico de árbitros e do papel da Arbitragem, na construção de um polvo ao serviço do Benfica.

No segundo cenário, seria um acto indescritível da parte do FC Porto e de Francisco J. Marques, um suicídio a nível financeiro e de credibilidade.

Só gente insana, se atreveria a acusar uma outra Instituição, sem provas e sem certezas, no entanto, neste Futebol nada é impossível.

Assim, aguardemos pela Justiça, tanto Penal como Desportiva, para podermos compreender, até onde irá esta surpreendente investigação.

 

 

Filipe Vaz Correia

10.10.17

 

Sou Sportinguista, tantas e tantas vezes o escrevi neste blogue, no entanto, vezes sem conta, vou aqui expressando as minhas diferenças com o Presidente do meu querido Clube...

Durante o dia um querido amigo, alertou-me para um post de Bruno de Carvalho no seu Facebook, com uma linguagem vergonhosa, indecorosa, atentatória do cargo que ocupa.

Ganhei coragem e espreitei a dita publicação...

Segundo consegui perceber, por entre a grosseira proliferação de asneiras, aquele texto indignado tinha como intuito rebater um conjunto de falsidades, com que alegadamente o Correio da Manhã, insiste perseguir Bruno de Carvalho e a sua família.

Não foi este grupo editorial que teve o exclusivo da boda, destes que agora se indignam?

Considero o Correio da Manhã um pasquim miserável, desprovido de qualquer ética jornalística ou qualidade profissional...

Nunca comprei o dito pasquim, pois recuso contribuir para a boçalização intelectual que faz sobreviver este tipo de jornalismo e por essa razão consigo compreender qualquer pessoa que venha clamar a sua indignação, perante tamanha miséria noticiosa.

O que infelizmente me custa ainda mais compreender, é o patamar a que desceu o Presidente do Sporting para responder a este tipo de supostas calunias, que não sendo verdade, encontram certamente eco, nas actuais e absolutamente inéditas, novas funções de Joana Ornelas Carvalho.

A linguagem escolhida por Bruno de Carvalho, tentando fazer uma graçola com as palavras do Presidente do Benfica, apenas desmerecem quem escreve o dito texto e infelizmente a Instituição que representa.

Indignar-se é um direito que pertence a quem se sente ofendido, ser brejeiramente ordinário é uma característica inerente, àqueles que não sabem melhor.

Bruno de Carvalho até pode ter razão, no entanto, no meio das tamanhas asneirolas com que escolheu expressar a sua revolta, fica apenas visível a pequenez argumentativa do seu discurso...

E acima de tudo, o triste enredo em que o meu Sporting, mais uma vez, se vê envolvido.

É difícil pior...

Só se para a próxima, não tiver asteriscos.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

01.07.17

 

O futebol Português continua amarrado a esta mistura de polémica desencontrada e boçalidade despudorada...

Nestes tempos marcados por emails e bruxarias, vemos em todas as televisões as virgens ofendidas de outrora transformadas em defensores amorais das recentes revelações e os antigos corruptos do apito dourado transformados em inquisidores dos tempos modernos...

Pelo meio encontramos a boçalidade verbalizada pela voz do líder Leonino, em cada afirmação, a cada aparição, em cada ironia lançada por este, sempre roçando a inerente deselegância.

É nisto que está transformado o futebol Português.

Como pode um adepto confiar que o jogo se resolve dentro das quatro linhas?

Como poderemos crer que o apito quando soa, traz consigo o juízo independente daquele que ali está, pago, para trazer credibilidade ao jogo?

As palavras de Luís Filipe Vieira num jantar com Deputados da República, numa espécie de cortina de fumo, demonstram uma certa impunidade ou alucinação que parece ter invadido os dirigentes encarnados, talvez acreditando que mesmo com estas revelações nada lhes acontecerá...

Talvez possam ter razão do ponto de vista Jurídico, até do ponto de vista desportivo, no entanto, do ponto de vista da perceção pública, dos adeptos e agentes que gravitam à volta deste negócio, nada poderá mudar a imagem enlameada que neste momento envolve o Benfica.

Esta verdade, por muito que a queiram negar, é indesmentível e trará de uma maneira ou de outra consequências para o SLB...

Nada nem ninguém os irá ver da mesma forma, nem adeptos, nem árbitros, nem mesmo os próprios, sem que por um instante, a cada vitória, a cada penalty marcado, essa dúvida se instale:

Será que este recebeu um email?

Um voucher?

Ou será que foi o bruxo?

Do outro lado permanecerá Jorge Nuno Pinto da Costa sorrindo, calado, enviando o seu Diretor de Comunicação, para depenar o rival na praça pública, braseando a Águia com os seus próprios pecados e trafulhices.

E no fim para a parte brejeira, lá poderemos sempre contar com o Presidente do Sporting, por entre um casamento ou um discurso, por entre uma asneirola ou uma baforada de fumo...

Sempre truculento e acima de tudo boçal.

Assim vai ALEGADAMENTE o futebol Português...

 

No final, por favor, apaguem tudo.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

24.06.17

 

De facto as mentes pequenas alimentam-se da espuma dos dias ou apenas da sua inaptidão para compreender princípios maiores...

Bruno de Carvalho como um representante dessa estirpe, não poderia deixar passar a oportunidade para comentar, numa Assembleia Geral imagine-se, um dos fait-divers do dia:

O almoço entre António Dias da Cunha e Luís Filipe Vieira.

O Presidente do Sporting mostrou-se indignado com este repasto entre o anterior Presidente do Sporting e o atual Presidente do Benfica, pois na sua pequenina mente nunca lhe passou pela cabeça que aquelas duas pessoas pudessem ser amigas...

Nesse almoço que supostamente se realiza, há anos, uma vez por mês, estavam também presentes Menezes Rodrigues ou Bagão Félix entre outros, num convívio que apenas aos presentes diz respeito.

A amizade, sentimento nobre que liga pessoas apesar da sua cor, credo e imagine-se até clubes, é um principio maior, por vezes de difícil compreensão principalmente para populistas demagogos que lidam mal com a diferença de opinião...

Mas porque raio, dois amigos, como Dias da Cunha e Luís Filipe Vieira não poderiam almoçar?

Mais...

Porque razão não pode Dias da Cunha discordar de Luís Filipe Vieira e mesmo assim continuar seu amigo?

Bruno de carvalho nunca compreenderá este tipo de comportamento, pois este acarreta em si mesmo, um certo tipo de valores que certamente o atual Presidente do Sporting desconhece.

Para mim este seria um dilema de fácil resolução, pois se um dos meus melhores amigos fosse Presidente do Benfica e eu tivesse sido presidente do Sporting, almoçaria com ele as vezes que me apetecesse, porque entendo que a amizade é algo superior aos sound bytes do dia.

O que me espantaria era se António Dias da Cunha fosse apanhado a almoçar com Bruno de Carvalho...

Em primeiro pelo simples facto de não serem amigos e em segundo lugar porque o sócio Bruno de Carvalho correria o sério risco de ser expulso do clube, pelo Presidente Bruno de Carvalho.

E assim continua o Reinado do Leãozinho.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

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