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Caneca de Letras

28.01.19

 

A Operação Marquês...

A instrução deste Processo arranca esta segunda-feira, regressando um frenético tempo que irá amarrar a opinião publica, ao fracturante debate que tanto apaixona a nossa "Sociedade"...

José Sócrates.

Este processo traz consigo interrogações e perplexidades, sendo a maior delas, esse seu lado caseiro ou familiar que parece atravessar toda a "trama".

Se tivermos atenção a todo este enredo, verificamos que ele se entrelaça, por entre, a afortunada Mãe e o seu terno Filho, o Primo abastado e o Amigo generoso, que é mais do que um Irmão, a ex-Mulher e seus tiranos Filhos, que ameaçam o Paizinho perante o atraso da obra, naquele recôndito "appartement" que parece não lhe pertencer.

E quando pensávamos que apesar de familiar, se limitava à família Pinto de Sousa, eis que não...

A "pequena" Bárbara, a Filha, envolvida por seu Papá, o Vara, arrastada para a barra de um tribunal, apenas por um ou outro milhão.

E o pior é que até acredito na versão da "menina"...

Juro!

Por entre, ligações e confusas transacções, questiono-me...

Se por um acaso, não estará equivocada a Justiça?

Não será este um caso para o tribunal de família?

Fica a questão...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

09.01.19

 

O Caneca de Letras tem novo rosto...

Uma mudança de visual, dois anos após começar esta aventura.

Neste "cantinho" onde se opina sobre tudo, política ou futebol, sonhos ou receios, vida ou partida, em poesia ou prosa, num "salganhada" de letras improvisadas, vão despontando conversas, comentários, ligações que amadurecem o blog e sem dúvida o seu autor...

Eu.

No entanto, não quis ficar por este refresh visual, pensei ir um pedaço mais longe...

Assim, a partir da próxima semana, duas novas rúbricas marcarão o Caneca de Letras, sempre que possível.

Às Quartas, será dia de opinião e receitas, partilhando convosco as minhas experiências culinárias, em busca de deliciosas "receitas", talvez pouco saudáveis, mas carregadas de sabor.

Às Quintas, a Caneca será partilhada, tomando a pena outra pessoa, num texto à sua escolha, tornando assim a experiência neste blog, numa aventura mais rica, com mais vida, mais alma.

Espero que gostem.

Convidarei para esse dia pessoas que fazem parte desta "Família" Canequiana e que muito me honram com a sua presença.

Veremos, como voará esta Caneca de esperança, numa nova vida, brindando assim a todos os textos que alimentaram esta história, todos os seus personagens, todos os pedaços de mim, vividos por inteiro, num suspirar imenso, explanado em palavras e letras, partilhadas com carinho neste mundo Sapo.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

31.12.18

 

Um bom ano para todos...

Como diria Cazuza:

" O Tempo Não Pára".

E assim se aproxima 2019, num caminhar pela estrada do destino e neste pequeno espaço, uma Caneca repleta de Letras, apenas um desejo ganha vontade...

Que o Ano Novo traga, para todos, os melhores sonhos e com eles a concretização desses secretos planos que ansiosamente permanecem na alma, de cada um de nós.

Um abraço repleto de carinho para todos os "Canequianos" que acompanham este blog e com a essa presença tanto enriquecem este "cantinho".

 o ultimo fecha a porta, A Desconhecida, o Triptofano, a Ana, a Beia Folques, a Gaivota Azul, a Tudo Mesmo, o José da Xã, o Malik, A Rapariga Do Autocarro, o P.P., a Mami, a Cecília, a Cheia, o Robinson Kanes, o Júlio Farinha, a Terminatora, a Andreia,  o Francisco Laranjeira, o Jaime Bessa, a Verinha, O Lourenço, o Delfim Cardoso, a Roxie, o Manel Jardim, a Daniela, o Miguel Pastor, a Equipa Sapo, o Anjinho...

A todos um Bom Ano.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

13.11.18

 

A justiça comporta-se como uma "prostituta", sem venda, com uma câmara de televisão, em vez, de uma balança.

É assim que vejo a Justiça mediática que nos rege.

Ao saber das sentenças do caso BPN, não posso deixar de reflectir sobre as palavras de Saragoça da Matta, que viu o seu cliente ser absolvido de todos os crimes de que foi acusado.

" Esta absolvição não retira anos de capas de jornais ou títulos caluniosos."

Tem toda a razão.

O que me chocou no dia de ontem, nesta prisão de Bruno de Carvalho, foi esta espécie de circo mediático que atropela tudo e todos, sem respeitar os princípios básicos de um cidadão ou dos seus familiares.

Como é possível uma televisão ser avisada de buscas em casa de um arguido, filmar o seu prédio, a rua, o número da porta...

Enfim, tornar pública a morada do dito cidadão e da sua família.

Como é possivel que o seu advogado e seus familiares, sejam massacrados por uma matilha de jornalistas, preparados para devorar cada gota de tragédia, cada inquietamento, cada pedaço de amargura.

Como?

É nesta mistura de indecência e justicialismo que se encontra a minha incredibilidade com esta Justiça, "Reality Show", que tanto satisfaz os ressabiados de plantão...

Repugna-me esta mediocridade.

Por fim...

E  antes que para aqui venham  os caciques do momento, leiam o que penso sobre a personagem, o que sempre pensei e como nunca me inibi de escrever sobre o que este representava.

Mas isso não me permite prostituir os valores que sempre defendi, em nome de uma satisfação bacoca, dos que se contentam com a desgraça alheia.

Somente isso...

E isso, não é de somenos.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

22.01.18

 

O líder da IURD, Edir Macedo, apelou aos seus fiéis para que durante mais de duas semanas, façam um jejum de noticias, com o intuito de se purificarem, deixando o acessório, concentrando-se no Divino.

Este divino tem muito que se lhe diga...

Diante deste apelo, desavergonhado apelo, numa altura em que as noticias de ilegais adopções por parte de Bispos desta Igreja, ou seita se preferirem, está na ordem do dia.

Ou seja, nada mais oportuno para Edir Macedo e seus "colegas", do que este Jejum imposto por "Deus"...

E que Deus me perdoe.

Foi ao ler estas palavras do CEO da IURD que me surgiu na mente este apelo:

E se por acaso os fiéis da IURD, fizessem antes durante esse período de tempo, um jejum da Instituição?

Um período sem dizimo, sem milagres, sem gritos e palestras, sem contribuições e TV Record...

Aqui fica este apelo, este desapegado apelo.

Talvez ao fim desse tempo, muitos possam reencontrar o lado Divino da alma, ouvindo repetidamente nas noticias que tanto querem silenciar, os crimes hediondos cometidos pelo Bispo Macedo, sua família e outros Bispos.

Façam esse jejum meus caros...

Mas da Igreja Universal Do Reino De Deus.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

26.12.17

 

O Natal de Marcelo Rebelo de Sousa, demonstrou uma vez mais, a imensa vontade de ser um pedaço de nós, deste Presidente da República...

Tantas e tantas vezes acusado de excessos, no que toca aos afectos, às palavras, por muitos que hipocritamente passam pela política, sem deixar uma recordação maior.

Marcelo voltou a abraçar, a beijar, a tocar tantos corações que por estes dias, sentem mais do que em qualquer outro, o vazio.

Marcelo sentou-se em muitas cadeiras esvaziadas pela dor, destruídas pelos incêndios deste verão, deste outono, transformado em verão...

Marcelo tentou sem parar, preencher com amor, a dor que certamente teimava em persistir nos olhares magoados, de tantos habitantes de Pedrógão Grande, de Castanheira de Pêra, ou de Figueiró dos Vinhos.

O centro do País, recebeu de maneira grata, esta presença carregada de esperança do "nosso" Presidente da República, uma presença que não suprimindo as malfadadas ausências de Amigos, Filhos, Maridos, Mulheres, Pais e Avós, vitimas das tragédias que esventraram este Portugal, deixou aos olhos de todos uma querença num futuro que se anseia de reconstrução.

Para aqueles que ainda não compreenderam esta forma de fazer política, amarrados aos antigos tiques politiqueiros, talvez esteja na hora, de se concentrarem mais no coração das pessoas e menos nos seus ouvidos, cansados de tanta demagogia, de tamanha hipocrisia.

A palavra que Marcelo mais ouviu, por estes dias, daqueles que verdadeiramente lhe importavam, foi obrigado...

E daqui, desta Caneca cheia de orgulho em si, aqui fica também, o meu obrigado.

Obrigado,  Prof. Marcelo!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

21.11.17

 

Se eu estivesse a ler um livro chamado Angola?

Um livro de ficção...

Sempre de ficção.

Um livro repleto de noticias que todos os dias chegam de Luanda, com consecutivas exonerações, executadas por um novo Presidente Angolano...

Noticias essas, mais do que surpreendentes, deixavam no ar receios e interrogações, sonhos e esperanças, enfim ventos de mudança.

No entanto, imaginemos que nos seus primeiros 50 dias de mandato, esse novo Presidente desafia o legado recebido, mudando quase todas as chefias herdadas de um tal de José Eduardo dos Santos, inclusivamente os cargos onde se encontravam, os filhos deste...

Imaginem!

Cresce uma incógnita na história, que se adensa no capitulo em que nos encontramos:

O que fará o anterior detentor do poder, ou aqueles que estavam habituados a desfrutar desse poder?

Conhecendo as personagens, as características, as atitudes a que nos habituaram, ao longo do tempo, correrá perigo o novo protagonista?

Será que chegará ao fim da história, esta corajosa personagem?

Neste livro que estou ler, um homem improvável, um líder carregado de uma inesperada coragem, tenta resgatar o seu País de um longo e tenebroso sono, de um silencioso lamaçal corrupto e castrador...

Um homem que olha nos olhos dos seus e tenta que estes acreditem num novo caminho, numa nova esperança.

No entanto, temo que as próximas páginas, me tragam a reacção daquele que apesar de frágil, ainda deve ter poder suficiente, para tentar fazer desaparecer aquele que corajosamente foi capaz de limpar a podridão, há muito tempo, acumulada.

Temo tantas coisas...

Mas quanto mais leio, mais gosto do protagonista desta história:

João Lourenço.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

25.10.17

 

Através dos olhares de outros, viajo vezes sem conta por entre as realidades esquecidas, por entre vidas esvaziadas de presença, mas imensas no sentido, naquele sentir eterno.

Descobri cartas e mais cartas de um passado distante, com mais de 100 anos...

Cartas e postais, palavras soltas e apertadas, saudades distantes e lágrimas disfarçadas, em cada uma das suas letras esborratadas, de uma qualquer linha, daquele postal.

Naquelas cartas encontrei a minha Avó, minha Bisavó, amigas e sonhos, desilusões imprecisas, numa mistura de vida, cumprido destino.

Encontrei as saudades imensas de minha Mãe, uma menina que desconhecia que de si viria, aquele que nesse instante lia, palavras e sentimentos explanados em tão antiga carta...

Presente carta...

Voz que tanto amo.

Cartas e mais cartas, impregnadas dos meus, cheias de mim.

Porque o que somos nós senão esse pedaço, demasiados pedaços, daqueles que um dia, ao longo de vários destinos, nos pertenceram...

Serão eternamente parte de nós.

Assim continuo aprisionado, às letras, aos desabafos, à formalidade inerente a tempos que já passaram...

Continuo buscando partes de mim, que ainda não conheço.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

03.09.17

 

É impressionante como certas coisas mexem com o nosso imaginário, com as nossas memórias, as mais felizes, as mais escondidas dentro de nós.

Como já aqui escrevi passei férias em Monte Gordo, local aonde volto ano após ano, há décadas, onde me sinto feliz repetindo os mesmos sitios, jantando nos mesmos restaurantes, reencontrado caras familiares...

Os mesmos toldos de praia, as mesmas vozes, os mesmos rituais.

No meio de tamanhas recordações, resgato sempre ali em terras Algarvias, uma parte do meu Alentejo, deste Alentejano, desta criança que um dia fui, sendo eternamente o mesmo...

A praia de Monte Gordo, nesta altura do ano, é invadida por famílias Alentejanas, gente boa como tantas vezes ouvi à mesa de jantar, meus Pais e Tios afirmarem, gente nossa como em tantas e tantas ocasiões, senti na vida.

É ali nesta mistura de raízes, que este Alfacinha se mistura com a alma Alentejana que sempre em mim morou, parecendo por momentos, regressar aos tempos onde corria no Monte de meus Avós, de capote e botas alentejanas, por entre o sonho de uma bela popia caiada...

Nem posso falar de popias caiadas, sem que uma lágrima me invada, nessa saudade, intrinsecamente pessoal.

Num dos meus regressos a Lisboa, há anos atrás, num café na Mimosa, encontrei abandonadas, numa prateleira empoeirada as minha popias caiadas, tradicionais, feitas em Panoias, comprei todas, amarrando-as a essas imagens que infelizmente já não existem.

No entanto, voltando a Monte Gordo e à sua deslumbrante praia, reencontro sempre naqueles toldos, por entre aqueles rostos, aquele sotaque que também é meu...

Também me pertence!

E num instante, num segundo intemporal, ano após ano, recupero o meu sotaque Alentejano, serrado, orgulhosamente assente nos antepassados que fazem de mim aquilo que sou...

Neste meu lado Alentejano recupero o rosto de minha Mãe, os desejos de meus Avós e de tantos mais, que no meu sobrenome sobrevivem.

Sinto-me Alentejano novamente, sem nunca ter deixado de o sentir, de o recordar, mas verdadeiramente, ali recupero uma parte de mim, que certamente sorri...

Através de uma felicidade inesquecível, de uma época, infância, que felizmente vivi.

Foi minha! 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

01.03.17

 

Estou sentado no mesmo cadeirão do meu pai...

Do meu avô...

Do meu bisavô.

Estou sentado na mesma sala de estar, com as mesmas janelas, com os mesmos quadros, com a mesma lareira acesa que há tantas gerações, acompanha os destinos da minha família...

Esta casa outrora cheia de vida, de luz, de histórias, onde revejo a correr os antepassados que não cheguei a conhecer, os filhos que tantas alegrias me trouxeram, as noites estreladas que iluminavam o jardim, as vozes que polvilhavam a minha vigorosa alma.

Aqui sentado revejo aquele menino de calções pelos joelhos, descobrindo em cada recanto daquela casa, o mundo imaginário que despertava a mente curiosa dessa minha infância...

Os beijos que troquei com aquela que seria a mulher da minha vida, nessa adolescência tão imberbe e ao mesmo tempo, tão repleta de memórias.

As primeiras certezas, nessa incerta vontade de crescer...

As primeiras tristezas, de um familiar a morrer e as inevitáveis facetas da vida humana.

Sentado neste cadeirão, recordo esses dias e noites, pincelando essa tela, misturando as aguarelas, nessa cor que acabaria por definir o rumo do meu destino...

Nesse quadro inacabado e em constante evolução, por essa estrada que se revelou, na mais bela viagem que algum dia vivi.

Agora aqui estou, sentado sozinho, no meio desta escuridão, apenas com a lareira acesa, as janelas fechadas, as cortinas descerradas e um copo de whisky gelado, aguardando o fim deste caminho...

Nesta casa vazia, despida dessa vida que um dia a preencheu, espero o reencontro com esse passado que apenas vive em mim e nestas paredes cansadas da minha velha casa.

E assim, sentado no cadeirão, que já pertenceu ao meu pai, ao meu avô, ao meu bisavô, aguardo a hora de serenamente partir...

Partindo por entre a última pincelada, colorindo esse quadro, por fim terminado...

Representando em cada traço nessa tela, em cada cor de aguarela, o meu colorido destino.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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