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Caneca de Letras

16.09.17

 

Cristiano Ronaldo esteve esta noite no Estádio de Alvalade, local de onde partiu para o Manchester United, depois do jogo de inauguração.

Foi bonito ver Ronaldo como mais um adepto, na companhia de outros antigos juniores Leoninos, eternamente Leões, como Miguel Paixão, José Semedo ou o Lourenço...

Esta ligação, tão forte como reciproca, bem assinalada nas bancadas, através dos cânticos incansáveis, celebrando este retorno de um filho que há muito partiu.

Ronaldo é o melhor jogador do mundo, certamente o voltará a ser e sem dúvida que este gesto, carregado de simbolismo, toca bem fundo toda a Família Leonina.

A esta emocionante presença, junta-se o facto de o Sporting ter vencido, sem ter feito um grande jogo, no entanto, conquista a sexta vitoria consecutiva na liga, transformando este inicio de época num dos melhores arranques das últimas décadas.

Assim continua a esperança de todos nós, Sportinguistas, de caminhar rumo ao titulo.

Mas também de voltar a ver aquele menino de outrora, de seu nome Ronaldo, no relvado de Alvalade, de Leão ao peito, sendo aquilo que sempre foi...

Mais um de nós.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

12.08.17

 

Começou a Premier League, com mais um jogo espectacular, impregnado de incerteza, de beleza, de uma fenomenal demonstração de qualidade.

Arsenal e Leicester, num estádio lotado, com milhões de pessoas em todo o mundo atentas, sedentas de futebol com esta dimensão...

E não foram defraudadas.

A beleza deste jogo, marcado por reviravoltas e ritmo, de uma vertigem pelo golo incompreensível mas que aporta a todos os instantes, uma magia não vista em mais nenhum campeonato.

Ali nas terras onde nasceu o futebol, se cruzam as verdadeiras emoções futebolísticas, os derradeiros apaixonados pelo romantismo pueril, que mantêm viva a chama de uma imensa poesia.

A classe de alguns dos melhores jogadores do mundo, Ozil ou Mahrez, a dimensão competitiva de outros e a busca insanável pela satisfação de cada um dos seus adeptos, levada ao limite da vertente táctica, da estética da técnica, da determinação impregnada em cada um dos intervenientes...

Ali o negócio do futebol, respeita a verdadeira natureza do mesmo, numa tentativa imprescindível para que não se destrua a credibilidade daqueles princípios que norteiam este desporto.

E assim, depois de alucinante hora e meia, de uma irreverente ansiedade, festejam mais do que uma vitoria, mais do que sete golos, mais até do que todas emoções que ali foram explanadas...

Festeja-se o regresso da Premier League e com ela o regresso do sonho intemporal, de um simples jogo de futebol.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

30.07.17

 

A chegada do Vídeo-Árbitro ameaça mudar radicalmente o panorama do futebol Português...

Com a implementação deste novo tempo, deste novo modo de julgar o jogo, acrescenta-se verdade ao espetáculo, justiça em torno de deste nosso futebol.

Dir-me-ão que obriga a parar o jogo, que poderá se perder um pedaço da magia do golo e dos seus festejos, no entanto, mais importante do que tudo isso é a imensa sensação de verdade, inerente a esta alteração.

Vendo este último jogo em Alvalade com a Fiorentina, não posso deixar de imaginar a tremenda injustiça que seria a anulação de um golo limpo, como o golo de Bas Dost, apenas não validado devido à incompetência de um bandeirinha...

E como os bandeirinhas ditaram ao longo dos anos o resultado de jogos, o rumo de campeonatos, de muitos títulos.

Não posso deixar de me recordar daquela famigerada final da T. da Liga, no Algarve, onde a poucos minutos do fim, o Senhor Lucílio, aconselhado por um bandeirinha que estava a 40 metros do lance, transformou uma bola no peito, numa mão na bola...

Quanto tempo esteve aí, o jogo parado?

Quantos minutos foram necessários para prosseguir o jogo, acalmar a situação, expulsando injustamente um jogador e destruindo o trabalho de uma equipa que até àquele momento, controlava o seu destino?

Por todas estas razões, acredito que independentemente da equipa, que circunstancialmente saia beneficiada, a verdade será sempre benéfica para a credibilidade do espetáculo...

Será sempre melhor para todos, árbitros, jogadores, treinadores e adeptos, sendo que aqueles que não o desejam, é porque certamente estarão cómodos com o erro que deturpa a Verdade Desportiva.

E essa, Verdade Desportiva, é que verdadeiramente alimenta a magia deste jogo, que todos nós amamos.

 

 

Filipe Vaz Correia

13.06.17

 

O Futebol Português continua envolvido em escândalos e artimanhas que deixam a dúvida constante, na mente de cada adepto, que vendo em campo algo diferente daquilo que os resultados demonstram, continua desconfiando...

O Apito Dourado veio na verdade, evidenciar um conjunto de esquemas de viciação do jogo, que apesar de não terem sido caucionados pela justiça, criaram no cidadão comum essa ideia inevitável de corrupção.

O que me espanta são as virgens ofendidas de então, transformadas agora por emails em corruptos fanfarrões, descrevendo os esquemas que agora comandam a bola dentro do relvado.

A fruta foi substituída pelos padres e os aconselhamentos matrimoniais pelas missas encarnadas, no entanto, tudo se mantém igual no Futebol Português e na forma como é controlada a sua arbitragem...

O Benfica, Tetracampeão, vê através das conversas entre o seu Diretor da BTV e o ex-árbitro Adão Mendes, escapar a legitimidade desses mesmos títulos, pois é impossível que não sobreviva a dúvida por entre as mentes dos que não se negam a raciocinar, sobre o estranho caso que surgiu nos últimos tempos.

Assim sobra aguardar o que as instâncias judiciais dirão sobre estes emails, impregnados de canalhice mas mesmo que os absolvam, tal e qual como no Apito Dourado, ninguém lhes retirará este pedaço de pecado original...

O pecado da descredibilização do Futebol Português.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

23.04.17

 

E depois do Derby de ontem?

Depois de um jogo enfadonho, onde ambas as equipas aparentaram, estar desprovidas de argumentos para deslumbrar, o que fica para o resto do campeonato e o que se perspectiva para o futuro?

O Benfica sai de Alvalade com o titulo na mão, não porque eu ache que não irão perder mais pontos, acredito que ainda poderão perder, mas essencialmente porque não acredito que o FC Porto não os perca também...

É em Braga que o Porto acabou por entregar o titulo ao Benfica, com tudo o que isto acarreta para o panorama futebolístico nacional.

O Sporting vive um caminho mais difícil, após os noventa minutos de ontem, de uma gritante falta de rendimento, que ficou patente aos olhos de todos.

Os Leões entraram em campo e marcaram o golo e depois...

Depois, o Sporting desapareceu de campo, deixou que o Benfica crescesse e tomasse conta do jogo, apenas tentando em contra ataque mudar o rumo dos acontecimentos, o mesmo se passando na segunda parte, onde Bas Dost nos primeiros vinte minutos, teve duas oportunidades, de matar o jogo...

Falhámos!

Depois foi esperar que o Benfica marcasse ou que Patrício continuasse a adiar o impossível.

Jesus disse que o Sporting merecia ganhar pois foi quem teve as mais flagrantes oportunidades de golo, é verdade, porém a qualidade de jogo dos Leões ficou muito aquém do esperado, da dimensão deste derby...

O que mais me preocupa é o futuro, a falta de confiança nas apostas e essencialmente nos jogadores que este treinador insiste em afastar.

Como é que alguém que treina todos os dias com os jogadores, arrisca para um jogo destes em Jefferson, uma sombra daquele magnifico jogador que deslumbrou com Jardim ou Marco?

Este é um exemplo, de alguém destruído psicologicamente, sem motivação e acredito que muitos mais por Alvalade se encontrem nas mesmas condições, por exemplo Bryan Ruiz.

E Paulo Oliveira depois do magistral jogo de ontem, voltará para o banco, como de costume?

Estas contradições ficam patentes até nas substituições de Jesus, na demora em refrescar a equipa e dinamizar o meio campo que continua preso, com a lentidão de Alan Ruiz a ser demasiadamente notada em jogos, de grau de dificuldade, maior.

Com desilusão, mas com a esperança de sempre, olho em frente depois de um Derby que queria muito, mesmo muito, ganhar.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

05.02.17

 

O Sporting perdeu ontem o clássico com o Porto, no estádio do Dragão, a contar para a Liga Nos...

Foi o fim dos objectivos que tinhamos para esta época, pois nem a entrada direta para a Champions League, me parece atingível.

No entanto, que ideias poderemos nós guardar da noite de ontem?

A formação é algo que se paga caro e a culpa é do Palhinha...

Mas que estupidez!

Estas duas ideias ditas e repetidas por Jorge Jesus no final da noite de ontem, revelam um desconhecimento completo do fenómeno em que está envolvido e no segundo caso uma gigantesca incapacidade para gerir um jovem que não pode ser atacado no espaço público, pelo ignorante do seu treinador.

Vejamos a formação:

Alguém dúvida da imensa qualidade dos meninos que completam este plantel e foram formados em Alvalade?

Não!

Os laterais do Sporting foram formados em Alvalade?

Não, foi o senhor treinador que os contratou...

E Bryan foi formado em Alvalade?

Também não me parece...

O problema não está no facto de se apostar na formação, mas sim nos complementos que se inserem nas equipas para ajudar essa formação a crescer e é por essa razão que nunca poderiamos ter adquirido dez jogadores...

Talvez três ou quatro mas de imensa qualidade, decisivos, para ajudar estes meninos a crescer.

Depois custa-me entender um treinador que durante sete meses vai falando maravilhas e dando tempo para crescer, a um jogador que custou 8 milhões de euros, se atire agora, consecutivamente a um menino que faz o seu terceiro jogo como sénior, segundo a titular, tentando dar a entender que havia sido ele o problema deste resultado...

Ora bem, se Palhinha tem culpas no primeiro golo?

Tem!

Tem Palhinha culpas no segundo golo?

Não, pois além de sofrer falta, é a deficiente recepção de R. Semedo que provoca e desiquilibra todo o meio campo leonino.

Além disto, importa referir que independentemente de quem Jesus escolha para aquela função, de seis no Sporting actual, esse jogador estará sempre em déficit, pois JJ jogando sistematicamente com dois extremos, na prática 4x2x4, não permite que o meio campo se consolide, desiquilibrando defensiva e ofensivamente a equipa.

Não é por acaso que a equipa sofre tantos golos em contra ataque, é mesmo por culpa da táctica elaborada pelo seu Mister.

Não gosto de cobardes, nunca na vida gostei de gente cínica, calculista, capaz de abandonar aqueles que temporariamente lhes parecem ser o elo mais fraco, para se pouparem a si mesmos...

Jesus ontem não me pareceu um líder, mas sim, um desses cobardes.

Quer falar de Palhinha nestes termos, fale com o miúdo, intra-muros, dentro de casa.

Assim parece apenas uma desculpa, um fraco disfarçar de culpas...

Mas para mim...

Para mim foi Jesus que perdeu, aprisionado aos seus pecados originais.

 

Filipe Vaz Correia

 

 

11.12.16

 

Um Benfica-Sporting...

Um jogo apenas, 90 minutos, 22 jogadores e uma bola de futebol...

A primeira vez que vi, in loco, um derby tinha cinco anos e fui acompanhado pelo meu Pai ao antigo Estádio do Benfica, para uma vitória memorável do meu Sporting, com golos se não estou em erro, de Tony Sealy e Ralph Meade. Um grande jogo, grandes jogadores, inesquecível recordação na mente de um menino.

Desde esse dia, sempre estive agarrado a um ecrã, colado a uma telefonia ou no Estádio de Alvalade para não esquecer por um instante aquela sensação única, especial,de assistir ao maior de todos os jogos.

Acredito que apenas um River-Boca, um Fla-Flu ou um Real-Atlético poderão mexer com tamanha emoção, com a expressão própria de uma ocasião inigualável...

O mundo estará em Lisboa, amanhã, há hora do Derby:

Brasil, Cabo Verde, Angola, Moçambique, Guiné, Timor, Macau, São Tomé e Princípe, Goa e tantos outros lugares, pois onde existir um Português, existirá alguém ligado àquele estádio impregnado de vozes, de preces, de anseios, enfim...

De sonhos.

Muitos meninos aprenderão com aquele jogo, novas emoções, inéditas sensações que jamais esquecerão...

Que lhes aprisionarão na memória, pela eternidade, aqueles momentos sagrados.

E outros tantos, que regressarão no tempo, através desse Derby aos momentos em que o viveram pela primeira vez.

Ali voltarão a estar com os seus Pais, com os seus irmãos, com amigos e desconhecidos que vivem na memória, nas vivências, na alma guardada daquele eterno Derby...

Ali vivem todos os sonhos que independentemente da idade, nos fazem voltar a ser crianças.

Assim de encarnado ou verde, sentiremos todos, aquele mágico jogo que não pode ser comparado com mais nenhum.

De facto é apenas mais um jogo, são rigorosamente 90 minutos, somente 22 jogadores atrás de uma bola...

Mas é muito mais do que isso.

É o Derby dos nossos Sonhos...

É um Benfica-Sporting!

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

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