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Caneca de Letras

09.10.19

 

Obrigado Mr.Trump...

Esta deve ser a expressão, por estes dias, dos Curdos e de todos aqueles que foram aliados Americanos na luta contra o Daesh.

De facto, esta posição de retirar as tropas Americanas que serviam de obstáculo no norte da Síria a uma invasão Turca, não passa de mais um erro primário do actual Presidente Americano.

Do ponto de vista estratégico, político e de reputação.

Do ponto de vista estratégico porque esta atitude enfraquece a posição daqueles que disputaram terreno ao antigo proclamado Estado Islâmico.

Do ponto de vista político, porque deixa a nu uma fragilidade posicional da política Americana, enquanto, pilar militar no quadro geo-político Mundial.

Do ponto de vista reputacional, pois jamais os aliados Americanos, com esta administração, voltarão a confiar nas palavras ou nas garantias destes que os abandonam, assim que deixaram de servir os “supostos” interesses dos Estados Unidos.

Uma vergonha...

Deve ser o que sentirá a cúpula militar Americana, aqueles que sendo Republicanos ou Democratas, sempre consideraram que uma medida como esta enfraqueceria o xadrez e a estabilidade naquela região.

Donald Trump, num momento em que se sentirá cercado, devido a todo o escândalo envolvendo as pressões ao Presidente Ucraniano, comete mais um erro de avaliação, mais uma tremenda trapalhada na política externa Norte Americana.

Erdogan, o Presidente Turco, aproveitou esta retirada para dar luz verde a uma ofensiva militar, no Norte da Síria, com o intuito de limpar um terreno controlado pelo exército Curdo, históricos rivais da Turquia.

E Trump...

Donald Trump continuará amarrado ao Twitter, vociferando ideias vazias, palavras avulsas, pensamentos erráticos, enquanto, o mundo assistirá incrédulo aos desmandos desse “ignorante” que mais parece um elefante numa loja de porcelanas.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

26.09.19

 

Já tudo é possível...

Parece que os Democratas resolveram avançar para um impeachment ao actual Presidente Americano, a pouco mais de um ano das eleições Presidenciais nos Estados Unidos.

Parece-me uma estratégia, absolutamente, despropositada, até porque poderá contribuir para uma postura de vitimização de Donald Trump, assim como aconteceu no caso da interferência Russa nas anteriores eleições.

Estes casos necessitam de provas, não de supostos rumores, pois caso contrário acabam por desmerecer aqueles que instauram este tipo de processos.

A Casa Branca, pressionada por todos os lados, divulgou a transcrição da conversa de Donald Trump com o seu homólogo Ucraniano, com ênfase na parte da conversa que envolve a família Biden.

Trump pede, “inocentemente”, para que o Presidente Ucraniano saiba se certos rumores, sobre o filho de Joe Biden e seus negócios, são verdadeiros, alegando que os “Estados Unidos” precisam de saber tudo sobre estes alegados actos.

Esta intrusão de Trump, sobre um seu adversário político, mais do que um acto reles, que o é, simplesmente ratifica todas as suspeitas sobre a sua falta de conduta moral no exercício do cargo...

Deixa desnudada a falta de pudor ético do Presidente Americano, disposto a tudo para levar adiante a sua vontade, os seus intentos, a sua “verdade”.

Independentemente de tudo isto, considero um erro político o pedido de Impeachment, pois considero que isto deixará margem de manobra a Trump para que este cerre fileiras, por entre, a sua base de apoio, nesse papel de vitima que tão bem lhe assenta.

A tão pouco tempo de eleições, o caminho Democrata deveria ser carregar a sua revolta neste pormenor, pormaior, amarrando este escândalo a todos os momentos, em todos os pontos, por todo o lado...

Sem Impeachment’s mas com uma desmedida indignação.

Acho que seria mais “mortal” para Trump, para o seu julgamento na opinião pública e opinião publicada.

Excepto, claro, a Fox News.

De uma coisa estou certo...

Este Presidente Americano é um despudorado populista, algo que outrora se chamava de mentiroso.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

14.09.19

 

Os debates Democratas para escolher quem irá defrontar Donald Trump nas próximas eleições Norte Americanas estão agora a começar, numa disputa que se antevê dura mas com favorito anunciado...

Joe Biden, o anterior Vice-Presidente de Barack Obama, aparece em todas as sondagens como o candidato mais bem cotado para destronar Trump da “White House”.

Muitos alegam a idade de Biden como um empecilho à sua vitória, outros as gaffes, outros ainda a espiral esquerdista que invadiu o Partido Democrata, no entanto, na minha opinião, não existe ninguém com a capacidade de Joe Biden para conseguir recuperar alguma da sanidade política, perdida nos últimos anos, na Presidência Americana.

Biden representa o centro político, aquele que consegue absorver tanto o centro esquerda, como o centro direita, amarrando também, graças ao seu passado ao lado de Obama, muitos daqueles que se sentem excluídos, por entre, o discurso populista e descontrolado de Trump.

Pelo meio se encontra esse frenesim político que reina, por entre, a histeria instalada num Partido que sentindo representar o tamanho descontentamento na Sociedade Norte Americana, se perde muitas vezes em discussões fúteis, fragmentadas e que não conseguem aglutinar tantos daqueles que estão contra o actual Presidente.

Será indiscutível o cenário mais favorável para derrotar Trump, restando saber se os Democratas saberão capitalizar esse mesmo cenário, sem “fait-divers” que possam diminuir as suas possibilidades de vitória.

O facto de Joe Biden ter sido Governador em dois Estados chave na disputa eleitoral, onde Trump conseguiu, anteriormente, vencer não poderá ser considerado algo menor na equação e consequentemente factor essencial nas contas eleitorais.

Quanto a mim, mero espectador, “opinador”, não restam dúvidas ou hesitações sobre a escolha a fazer nestas primárias...

Joe Biden!

Quanto aos eleitores Democratas...

Espero que também não lhes subsista dúvida alguma.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

07.08.19

 

Mais um massacre nos Estados Unidos, ou melhor, mais dois...

Parece que se repete esta tragédia, este entrelaçado terror que não cala, esta tortura que esventra a Sociedade Americana, num inexplicável caminho que se amarra aos tempos de um “belo” Western.

Adoro os Estados Unidos, foi aliás uma das viagens que mais gostei de fazer, sendo que a América que visitei, sei bem, está distante desta que aparece nos telejornais.

Estive entre Boston e Nova Iorque, há duas décadas atrás, numa viagem que me encantou e seduziu, apaixonou e arrebatou, sem hesitações.

A  cultura universitária e cultural que se respira na “velha” Boston, a costa Atlântica entre Cape Cod, Newport e Hamptons, num deslumbrante caminho até a Big Apple...

Ali no meio de cheiros e luz, de gente e fumo, cresce e respira a multicularidade, o constante rebuliço de mentalidades que se cruzam e acrescentam, àquele lugar, a magia que jamais imaginei.

Neste dia onde se vê e sente a brutalidade de mais massacres, fica claro que esta América caminha em dois carris diferentes, com mentalidades diferentes, com valores diferentes.

Se dependesse desta América que me apaixonou, há muito que a lei das armas havia sido alterada, provavelmente extinta, em contraposição com este lado, Texano, onde ainda se acredita na força do tiro, na determinação bélica do tempo dos cowboys.

Donald Trump já veio defender a punição daqueles que cometeram tamanho horror, mas sem a força ou a credibilidade que não lhe foi conferida pelo teleponto, onde moravam ou pareciam morar as descrentes palavras.

O discurso de Ódio, bem denunciado por Obama e tantas vezes feito por Trump, não pode ser o responsável por esta ou outras barbáries desta dimensão mas verdadeiramente contribui para a banalização de vários sentimentos pequenos, tacanhos e discriminatórios que se encontram em momentos como este.

Eu adoro os Estados Unidos, continuo a gostar, mas sei bem que a América que visitei e me entrelaçou, está nas antípodas desta que aparece na capa dos jornais.

Duas caras, por entre, o Sonho e o Pesadelo Americano.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

19.07.19

 

Bolsonaro quer colocar o seu filho como Embaixador do Brasil nos Estados Unidos...

Donald Trump quer colocar o seu filho como Embaixador Americano no Brasil.

Qual é o problema?

Em primeiro lugar nós, Portugueses, deveríamos ser proibidos de nos pronunciarmos sobre casos de family gate, no entanto, é tentador o tema...

Julgo que este intercâmbio é previsível, tendo em conta os intervenientes, compreensível tendo em conta os valores regentes na estrutura, hoje, existente nesses países.

Tenhamos como exemplo o genro de Trump e o seu papel no panorama Israel-Palestina, com a sua impreparação para o cargo como pano de fundo.

São novos tempos, tempos inesperadamente inspiradores no palco político Mundial, sendo que não podemos deixar de salientar cada pedaço desta trama, cada sinal prepotente de faustosos "ditadores".

Trump e Bolsonaro são pavões impreparados, inquisidores sem causa, capazes de se aproveitarem dos seus cargos para usufruto pessoal...

Para eles e para os seus.

As sociedades que os sustentam terão de compreender este facto para que possam desmascarar o que se esconde por trás destes homens.

Poderá demorar algum tempo mas casos como estes, ajudarão a desmascarar as estruturas que sustentam estes políticos.

Enfim...

Quem quer ser o próximo Embaixador?

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

24.06.19

 

Obrigado Donald...

Tantas vezes escrevi demonstrando o que me separa de Mr. Trump, no entanto, não posso deixar de escrever para o elogiar.

A decisão de não levar em frente o ataque preparado contra o Irão é uma decisão que saúdo, salientando esse seu lado "Humano" que desconhecia, desconfiando que também o meu caro se tenha surpreendido.

150 pessoas bastaram para o fazer recuar, mesmo contra a opinião de alguns dos seus conselheiros, evitando assim esse estimado número de Assassinatos.

Muito bem, caro Donald!

O caríssimo Presidente Trump adiantou ainda que tem amigos Iranianos e que existe por lá gente boa, uma constatação que se aceita e até se pode compreender...

Talvez podendo estender essa afirmação e fé a mais alguns pontos do globo.

Mas enfim...

Muitos desconfiam da história, desta narrativa para explicar este recuo Americano, no entanto, para mim isso é irrelevante.

Trump recuou e fez bem...

E cá estou para o elogiar.

Mas não se habitue meu Caro pois já tenho aqui uma ou outra linha preparada para escarnecer de si.

Por enquanto...

Well Done, Mr. President!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

19.06.19

 

Glória Vanderbilt...

Tantas palavras para escrever, sinónimos por encontrar, numa história que daria um livro, uma teia que teceria um romance, um apelido que moldaria um País.

Os Vanderbilt serão o mais aproximado do que se poderia chamar de Realeza Americana, esse complexo Americano, transposto para a realidade nessa boçalidade visível em cada instante Trump, esse pedaço de ignorância grotesca espelhado na Casa Branca.

Desapareceu tranquilamente a herdeira desse nome carregado de glamour, e como nos tempos que correm ganha substância cada pormenor de elegância, uma "personagem" delicada, no entanto, afirmativa, numa mistura de forma artística e inovadora, de classe e revolucionária.

Anderson Cooper disse:

" A minha Mãe viveu sempre nos holofotes da opinião pública."

Como não poderia deixar de ser, pois desde a sua tenra idade, marcou o momento mediático Americano, por entre julgamentos populares, escândalos fashion, sempre pautados pela arrogante subtileza de um legado...

O legado Vanderbilt.

E assim, num singelo pormenor da história, desaparece alguém superiormente maior, mesmo que num tempo, onde não existe tempo para compreender o alcance de tamanha figura.

Até sempre, "Cisne" de Nova Iorque.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

22.05.19

 

Esta batalha comercial entre os Estados Unidos e a China conheceu mais um capítulo, envolvendo a Huawei e a Google, em mais um episódio na escalada de sanções que acrescentam incerteza no quotidiano empresarial Mundial.

Todos parecem seguros em afirmar que a economia Chinesa se irá ressentir destas medidas, no entanto, tenho as mais sinceras dúvidas sobre essa incerta certeza.

É certo que no curto prazo, apontando a esta medida concreta que envolve a Huawei, este constrangimento poderá atingir o centro da indústria tecnológica Chinesa, porém acredito que a resposta será, a seu tempo, surpreendente.

A cultura Chinesa, Milenar, habituou-se a ultrapassar vários desafios, tempos Imperiais ou Revoluções sanguinárias, adaptando-se ao longo dos séculos a novos cenários ou contratempos.

Acredito que este será mais um...

Desenvolver com sucesso um sistema que possa rivalizar com o Android, será talvez o maior desafio dos tempos modernos, no campo económico ou industrial que a Sociedade Chinesa enfrentará, no entanto, servirá também para cerrar fileiras no campo sentimental, carregado de um orgulho Nacionalista que certamente diminuirá em muito a influência de várias marcas Americanas naquele território.

Uma batalha que arrastará a Europa e os seus mercados para tempos nublosos, obrigando a posicionamentos cautelosos e ponderados.

Na minha opinião é cedo para decretar vencedores ou cantar vitória como parecem fazer alguns analistas bacocos, deixando-se inebriar pelos tweets pejados de fanfarronice do sempre enérgico Donald Trump.

Importa recordar aquela expressão...

"Paciência de Chinês!"

O tempo e a História se encarregarão de nos recordar o desfecho de tão arriscada batalha.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

21.01.19

 

Já passaram dois anos de mandato, desde que Donald Trump chegou à Casa Branca e apesar de tudo...

Ainda não começou a Terceira Guerra Mundial.

Ainda!

Dois anos de um mandato repleto de disparates, alguns económicos, outros comerciais, uns Humanitários, outros ambientais, mas sempre com aquele "glamour" alaranjado e truculento.

O seu percurso tem sido acompanhado por milhares de mentiras, perto de sete mil até este momento, no entanto, o Presidente Americano vai continuando a caminhar, mesmo que mais isolado politicamente, fazendo birra pela falta de novos brinquedos.

"- Um muro! - Quero um muro!"

Mas estamos vivos...

Inacreditavelmente, nenhuma bomba nuclear saiu inadvertidamente do outro lado do Atlântico, disparada num momento de raiva, por entre, uma discussão no Twitter.

Pensando assim, dá para respirar de alívio e acreditar na existência de Deus.

Que bom!

Só que ainda faltam mais dois anos...

Mais dois anos de mandato.

Um milagre, só um nos salvará.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

01.01.19

 

Donald Trump continua o seu caminho, esta aventura, meio desventurada, como Presidente Americano.

Entrelaçado a posições populistas que o acompanham desde sempre, Trump saboreia agora um novo "momentum"...

A doce solidão Republicana.

Daqueles que com ele começaram esta caminhada, apenas Mike Pence permanece a seu lado, no entanto, cada vez mais silenciado, calado, adormecido.

Defesa, Tesouro, Educação, Justiça, todos foram caindo, uns por vontade própria, outros por vontade "Trumpiana", outros ainda pela vontade maior do escândalo público.

Trump continua impávido, amarrado aos seus Tweets, olhando para o "seu" mundo, como se de um jogo de "Risco" se tratasse.

Cada vez mais isolado, cada vez mais atrapalhado.

Mais se eterniza o discurso populista, esse que será o seu maior trunfo, numa Sociedade Americana fracturada, submersa em ódios e fantasmas, em refugiados e traidores, em "Nacionalistas" e "Comunistas".

Trump terá na busca por uma reeleição a sua maior batalha, que julgo se tornará cada vez mais difícil de concretizar, sem que novas alianças sejam forjadas...

E encontrar aliados, depois das tamanhas purgas internas, por si efectuadas, é coisa que se antevê, quase, impossível.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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