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Caneca de Letras

14.01.23

 

 

 

 

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Este ano não escrevi sobre a minha Mãe no dia 21 de Dezembro, pela primeira vez desde que escrevo neste Blog ausentei-me desta dor nesse dia, não no coração nem na alma, mas neste espaço...

Ainda me pergunto porquê?

Se a dor não se esgotou porque razão a decidi silenciar?

Estará esgotada a escrita sem que as lágrimas cessem?

Neste intermédio de indecisão encontrei um rascunho de minha mãe com um recado para mim, numa nota meio à pressa com muitos anos de distância...

E percebi que escrever faz parte do nosso ADN, esse desabafo partilhado ou discreto, que me permanece entrelaçado ao maior de nós mesmos.

Por isso, por essa mesma vontade de expressar, aqui volto a esta Caneca de Letras para mais uma vez, desta vez com atraso, gritar soletrando...

Amo-te Mãe.

Assim, sem mais...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

Eu

12.01.23



 

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Um dia arrancaram-me a carne;

esse pedaço de mim iletrado

caderno ilustrado

de um tempo que desencarnou...

 

Outro dia arrancaram-me a alma;

essa parte de mim iludida

parte escondida

de um tempo que passou...

 

Nesse mesmo dia arrancaram-me a inocência;

parte desencontrada dentro de mim

como um portão de um jardim 

que se partiu...

 

E assim;

sem delongas ou demoras

se traçou o traço

se desenhou o embaraço

esse quisto mal visto

de uma pintura abstracta.

 

 

10.01.23

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Quem (ainda) quer ser ministro?

Esta deveria ser uma pergunta de cátedra nos anais da política...

Vivemos nos dias que correm uma espécie de Big Brother que entrelaça o meu pensamento sobre este dilema jurídico que nos leva ao entroncamento entre a persona pública versus a persona privada.

Nos últimos dias temos assistido ao desmoronar do governo de António Costa, como o meu último texto deixou expresso, uma espécie de morte anunciada que vai muito para além deste governo.

Surge-me a vontade de questionar sobre quem, em juízo perfeito,  pode aceitar entrar para um governo da Nação?

Na minha opinião...

Ninguém.

Antigamente ser ministro era sinónimo de prestígio, nos dias que correm é, quase sempre, sinal de cadastro e problemas, do próprio ou de familiares.

Este lado que abordo, não sendo o mais popular, é objectivamente aquele que mais poderá impedir que possamos ter pessoas de qualidade entre os membros de um governo.

Atenção que nesta temática existem vários lados e formas de abordar a questão.

Sou a favor de um escrutínio mas jamais de um  absoluto Streep Tease patrocinado pelas CMTV da vida e que ajudam a alimentar esta espécie de roleta russa onde nos encontramos.

Para se ser governante é necessário Homens impolutos...

Pois bem, na minha singela opinião,  estes não existem e os que se arrogam destes predicados serão os primeiros suspeitos de não o serem.

Questões que aqui deixo para debate, troca de opiniões ou desabafos...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

07.01.23



 

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Gianluca Vialli partiu neste dia de Reis de 2023...

Um dos melhores e maiores avançados que vi jogar na minha vida, seja na mítica Sampdória, na Vechhia Signora Juventus ou no embrionário "novo" Chelsea com Gullit e Zola.

Vialli não foi o melhor jogador do mundo, nem sequer o maior avançado que vi jogar mas foi certamente o melhor jogador a rematar de primeira e aquele que mais golos deslumbrantes vi marcar na minha vida.

Adorava Vialli, a forma de correr, de lutar, de se transformar dentro de campo...

Esse modo de ser moldou a minha forma de ver o futebol, o imaginário de menino que adorava Gianluca Vialli.

Morreu no dia de Reis, no mesmo dia em que nasceu o meu melhor amigo de infância, Luís Miguel Afonso Teixeira, também ele vítima de um cancro, neste caso nos testículos, há quase 27 anos atrás.

Vialli também povoava o seu imaginário de menino sendo que nós éramos Milanistas, sonhávamos com Gullit, Rijkkard e Van Basten...

Num dia em que durante 18 anos fui feliz, junta-se a esta recordação de saudade a partida de Vialli e com ela esta imagem que aqui vos deixo, de um abraço de Mancini e Vialli, aquando do último título de campeões da Europa de Futebol da selecção Italiana.

Olho para esta imagem e vejo Vialli e Mancini mas também vejo o Luís e Eu...

Vejo amizade e amor, irmandade e fraternidade.

Vejo a vida a continuar e as lágrimas a correrem.

Até sempre Gianluca Vialli...

Até sempre, meu Luís.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

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