A minha Mãe faria hoje 87 anos, partiu há quase 12...
O tempo na sua infinita crueldade e contraditória calmaria traz esse doce amargo de boca que é a relativização da dor, da perda.
No entanto, pelo menos no meu caso, a ferida permanece aberta, flamejante, pujante na saudade, nesse arfar quase sufocante de um adeus que não pode ser real, do cortar de um cordão umbilical que se torna espiritual.
O dia de sua partida foi o mais triste de minha vida, este dia 2 de Junho era habitualmente um dos mais felizes do ano.
Ia quase sempre à casa batalha onde facilmente encontrava um presente que fosse a cara de minha querida Mãe, colares, anéis, encharques...
Hoje apenas escrevo estas linhas, perco-me no pensamento, busco em mim partes que lhe pertencerão.
Parabéns Mãe.
Amor da minha vida.
Do sempre teu;
Pipo