Tudo e Nada
Filipe Vaz Correia, 08.09.21
Tenho nódoas na alma;
caminhando sobre brasas
buscando nas entrelinhas desse teu cheiro
a razão para tamanho encantamento.
O adeus;
traduzida despedida de Zeus
plasmada nas escrituras dos fariseus
nas partituras de Deus
repetidos pecados meus...
E insisto em viajar mundo a fora;
por entre, o céu estrelado e aventureiro
amarrando os desmedidos sorrisos de agora
a esse futuro derradeiro.
Vamos partir;
todos iremos partir
então que seja a sorrir
ousando sentir
as memórias e agruras desse passado.
Deixo cair a pena;
estendo a mão àqueles que ficticiamente se abeiram de mim
enquanto sossego o desespero saltitante
e levemente me transformo em mar e terra,
em vento e céu...
Em tudo e nada.