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Caneca de Letras

28.12.20

 

 

 

Nunca perdoarei essa traição;

A frieza com que desprezaste o que sinto,

Nunca esquecerei no meu coração,

Esse imenso punhal,

Que atravessou a minha alma...

 

Nunca direi, o quanto te amei;

Nem mesmo para mim,

Sonharei com os beijos que te dei,

Nesses pedaços de memória,

Falseada nessa história,

Que insististe em reescrever...

 

Irei sempre renegar;

Este distante sentimento,

Essa força que me persegue,

Perseguindo o ferimento,

Que dentro do meu ser,

Habita...

 

Nunca te irei perdoar;

Essa vontade de matar,

Este amor a sofrer,

Nesse distante pulsar,

Da minha paixão...

 

Sempre que para ti, olhar;

Sempre que te encontrar,

Verei essa traição, nesse punhal,

Que não pára de me sangrar...

 

Sangrando eternamente, a minha desamparada alma!

 

 

23.12.20

 

 

 

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A crueldade estupidifante ultrapassa a dimensão Humana, por vezes, se traduzindo na mais imbecil incapacidade de sentir.

As imagens da Herdade de Torre Bela, na Azambuja, revelam um massacre indescritível levado a cabo por 16 psicopatas, matando 540 Animais pelo singelo e arrepiante prazer de matar.

Só uma curiosa questão...

Sabem que parece ser o Dono da Herdade Torre Bela?

José Eduardo Dos Santos.

Essas imagens que brutalizam, ou deveriam brutalizar, o cidadão comum deixam a nu que por entre nós caminham "Seres Humanos" indignos desse nome.

Na minha família e amigos, conheço pessoas que toda a vida foram caçadores, aliás sendo eu Alentejano é fácil  perceber que desde cedo me vi rodeado dessa realidade...

Nunca me apaixonei por ela, a caça, nunca fez parte de mim esse gosto pela caçada, pela perseguição de um animal, no entanto, respeito e vejo essa parte da nossa tradição como um bailado intemporal entre o Homem e a sua presa.

Existe nessa dança uma beleza pura que inspirou Poetas, Pintores, Compositores ou antigos trovadores em tempos que não regressam...

O que importa, neste caso, é punir aqueles que participaram, organizaram ou foram coniventes com este massacre, matança, de uma forma irrepreensível, deixando claro para todos que este tipo de crime será moral e judicialmente recriminado.

Depois importa reforçar que este caso não define a caça, nem os caçadores, na sua generalidade pessoas que sendo apaixonadas por este tipo de tradição, são em muitos casos verdadeiros apaixonados por animais e pela natureza.

Tenho a certeza de que a maioria dos caçadores, pelo menos aqueles que conheço, se por alguma razão ali estivessem, encarando aquela espécie de matança, seriam os primeiros a disparar...

Contra os "animais" que de arma na mão, cobardemente satisfaziam a sua sede de sangue diante daquelas presas encurraladas numa herdade murada, sem qualquer espécie de fuga possível.

Para os criminosos, cobardes, que perpetraram este crime...

Apenas me sobra desprezo e revolta.

De uma coisa estou certo, este tipo de "psicopatas" são capazes de qualquer coisa, naquele lugar foram Veados, Javalis, noutro lugar, num outro momento, sabe Deus...

Estas pessoas não são caçadores, são matadores.

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

21.12.20

 

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Guardo-te nas minhas memórias onde sobrevive o teu cheiro, o teu olhar, a tua voz, tantos momentos que guardados em mim perpetuam cada parte de nós, intensamente nossos, perdidamente únicos.

Guardo em mim a saudade, ardente e insistente, guardo em mim o amor, intenso e imenso, guardo em mim o adeus, a cada instante, asfixiante.

Guardo tanto de ti, deste que te pertence, desse nós que só existe por tua decisão.

Sou gente porque o quiseste, sou alma porque o desejaste, sou eu...

Porque fui teu...

Sou teu.

As palavras que aprendi a tecer, foram-me dadas por ti, tecidas nesse amor soletrado em cada linha, em cada letra, de cada forma, em cada pozinho de perlimpimpim.

Não sei chorar sem esconder, respirar sem sofrer, esperar, esperar, esperar...

Esperar por esse tempo que não volta, esse ardor que ainda queima, esse desesperante adeus que persiste.

Deitada na cama de teu quarto, sem vida, recordo-me desse último olhar, meu sobre ti, num adeus que sabia seria o mais penoso em mim.

Nesse último instante, a sós, em nossa casa, tinha a certa certeza de que nada seria igual, nada o foi, de que jamais poderia sentir o mesmo bater do coração.

Meu amor...

Tenho saudades de não ter saudades, desse querer maior traduzido em teus olhos nesse navegar em minha direcção.

Nesse olhar descobri, sempre senti, o significado do incondicionalismo, num amar maior do que a vida...

Amo-te, Mãe.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

19.12.20

 

 

 

Sinto-me desprotegido;

Em cada esquina, um inimigo,

Em cada pessoa, um perigo,

A cada dia, sem abrigo,

A cada noite, menos um amigo...

 

Sinto-me desamparado;

Em cada imagem, assustado,

A cada grito, desesperado,

A cada tiro, desanimado,

Na minha casa, enjaulado...

 

Sinto-me a esmorecer;

Sem saber para onde correr,

Todos os dias a reviver,

Esses pesadelos, que queria esquecer,

Mas que insistem em aparecer...

 

E por entre dedicatórias;

Anotadas nesta história,

Feita de mortes, sem glória,

Para sempre na memória,

Desta terra,

Vitória!

 

 

15.12.20

 

 

 

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Para sempre e sempre;

Desejei sentir o teu cheiro,

Sentir o sabor dos teus lábios,

Sempre tu...

 

Para sempre e sempre;

Procurei esse amor,

Esse eterno sabor,

De te poder encontrar...

 

Para sempre e sempre;

Olhei para as estrelas presas ao céu,

Toquei-as,

Dei-lhes a mão,

Por ti, somente por ti...

 

Encontrei-te e jamais te irei perder;

Meu destino, meu lugar,

Meu viver, intenso amar,

Nesse destino, a partilhar...

 

Para sempre e sempre;

Quero-te a meu lado,

No bater desse sentimento,

Tão e muito desejado...

 

Para sempre e sempre;

Procurei o que hoje sinto,

Esse desejo presente,

De te ter à minha frente...

 

Para sempre e sempre;

E sem nunca olhar para trás,

Para sempre e sempre,

Encontrei-te!

 

Forever and Always...

 

 

 

 

 

14.12.20

 

 

 

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Já não sei quem sou;

Nem adivinho o que me dizem,

Já não sinto a minha alma,

O meu querer, a minha vontade...

 

Deixei de ser quem era;

Deixei para trás o meu destino,

Já não fujo, já não corro,

Já não sei quando morro...

 

Os meu olhos esmoreceram;

Pálidos, com falta de cor,

Já me esqueci para onde foram,

Aqueles que me davam amor...

 

Estou sozinha, sem nada;

Buscando nos dias uma razão,

Recordando desanimada,

A razão da minha desilusão...

 

Já não conheço esta gente;

Já nem sei o que escrevo,

Sei que o vosso olhar me mente,

Mas não sei o porquê...

 

Porque às vezes ainda penso;

Pensando e às vezes sentindo,

Parecendo que às vezes vejo,

Aquilo em que me vão mentindo...

 

Assim, rascunhando estas linhas;

Com essa angústia que me fica,

Pois não sei se me irei recordar,

Do que pensei ou escrevi,

Quando este poema terminar!

 

 

 

 

11.12.20

 

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Onde está o botão de pânico?

Neste momento anedótico, sem relevar a gravidade da questão, importa salientar que o Ministro da Adminidtaração Interna, o Srº Cabrita, ainda não se demitiu.

Este pedaço de indignidade, parece que o dito Cabrita acha que é vitima da Comunicação Social, ultrapassa todos os limites imagináveis para uma Democracia, todos esses parâmetros avalizados pelos arautos do regime.

Tenho vergonha do nosso Governo, da nossa Presidência da República, do nosso Parlamento, dos nossos Jornalistas, de todos nós...

Estamos todos em polvorosa, meses depois, após o assassinato de um Ser Humano sob a custódia da República Portuguesa.

Se este homem não fosse caucasiano, heterossexual, do género masculino, teria este caso aguardado tantos meses para ser despoletada tamanha polémica?

Importa não esquecer as batalhas a travar, tantas elas legítimas, no entanto, importa também não omitir aqueles que sendo vítimas de injustiças não encaixam nos parâmetros do Status Quo da indignação.

Falou, Mamadou Ba, sobre este caso?

Ou matar o Homem Branco, neste caso, era literal?

Não vale a pena transversar, confundir, hipocritamente assobiar para o lado, o Estado Português falhou com este cidadão e sua família, deixando espaço para uma reflexão profunda.

Polícia, SEF, Ministério  Público, Juizes...

Muitas coisas vão mal no Reino Lusitano, fazendo assim importar que sem medo possamos questionar até que ponto estamos dispostos a ir para reformar as estruturas herdadas de um 25 de Abril pejado de imperfeições.

Se calhar ainda vamos culpar o "velho Salazar", capaz de omitir as culpas de tantos senhores que há mais de 40 anos nos governam.

Tenhamos vergonha e sapiência para modificar sem cair nos actuais populismos de "velhos" demagogos.

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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